Sempre que se fala em
desvios de conduta dos jovens, alguns mais apressados justificam, colocando a culpa na televisão, no computa-dor, ou
nas
famosas
“más companhias”.
Nesse caso, pergunto... quem foi má companhia
para quem?
No meu tempo em que a culpa foi atribuída aos filmes de James Dean,
aos
filmes de rock-and-roll, como
“Sementes da Violência”, que lançou
um jovem que
iria incitar a juventude “a fazer bestei-ras”, um certo Bill Halley.
Isso
sem falar
num “jovem pervertido”,
chamado Elvis Presley, execrado por muitos pais da época, e agora ídolo...
E também claro, às
“más
companhias”.
Essa
história de “más
companhias”, nunca ficou muito bem defini-do.
Como saber
quem é
“má companhia”?
Lembro-me deste época, pois eu era um
desses jovens que
“só iri-am
fazer
besteiras pela vida afora”.
Não nego que tenha feito... porém nada
de
condenável
(pelo me-nos no meu ponto de vista...).
Muita farra, muito namoro, mas nada
de drogas.
Naquele tempo era chique fumar maconha...
Para
quem não sabia de seus efeitos.
Quem gostava de uma boa leitura sabia disso...
E conhecendo bem o
efeito que as drogas fazem no organismo, bas-ta
um mínimo de bom senso para
fugir delas.
Não podemos nos esquecer de que já fomos jovens, e tivemos essas
mesmas atitudes dos jovens de hoje: contestação e desejo de mu-danças.
Faz parte da natureza, essa recusa em aceitar o que nos é passado pelos
mais velhos.
Os jovens sempre tiveram espírito contestatório, e essa
é
uma das
razões pelas quais o mundo sofreu tantas transformações.
Já é famosa
a frase: “Sua experiência
não serve para mim...”
Na verdade, o que se deve levar em conta, é que a realidade é bem
outra.
O
que tenho notado, é que está faltando o famoso diálogo entre
pais e
filhos.
Muitos pais se esquecem de que, ao dar o primeiro vagido, a
crian-ça já
requer atenção.
Acontece que as atribulações da vida moderna,
estão tirando o
tempo de lazer familiar.
E muitos pais, por comodismo, preferem limitar-se a atender to-dos os pedidos dos filhos, dando-lhes
todas as facilidades,
e tirando o
gosto das conquistas batalhadas.
Considero de
capital importância que sempre se dê atenção aos filhos,
que
sempre se dê a devida orientação, explicando à exaus-tão porque
certas
coisas
como cigarros, bebidas e drogas de-vem ser evitados.
Eles
devem estar
sempre
bem ao par do assunto. Não podemos nos esquecer
também do chamado “sexo livre”.
Muitos jovens fazem sexo apenas para sentir prazer, esquecendo-se de seus
efeitos secundários e
“contra
indicações”.
Educação sexual é um tabu tão grande, que por vezes, em conversa
com
jovens, eles reclamam que seus pais não querem falar sobre o
assunto.
Por que
será que é tão difícil para certas pessoas falar so-bre sexo
com os filhos.
Uma coisa tão natural e simples, mas que deve ser tratada
em casa, onde se pode e se deve
explicar claramente um assunto tão importante.
Algo que também é importante, é, através de muito diálogo,
mos-trar a
importância que a religião desempenha em nossa vida.
Penso que
não se deve
impor esta ou aquela religião, enfiando-lhes certos dogmas pela cabeça a
dentro, mas
sim da necessidade de se ter fé, ou mesmo acreditar que
existe uma força superior, que, de certa maneira pode nos dar um alento
para melhor enfrentar os
problemas da vida.
Educação dos filhos é
uma coisa muito séria, e que não pode ser jogada
apenas nas costas das Escolas.
Os Educadores fazem sua parte, mas
a coisa
toda
tem que começar em casa.
A Escola é um complemento, e não pode e
nem deve ser encarada como Fonte Principal, que, repito, é o Lar.
Os pais
tem que desempenhar a
contento sua importante parcela na educação dos filhos.
Pais despreparados, geram filhos problemáticos.
Faltando a orientação
doméstica, é muito mais fácil para o jovem enveredar por
caminhos tortuosos, por
vezes sem volta... pro-vocando a célebre pergunta:
Onde foi que errei?
Dei
tudo para
ele...
Deu sim... tudo o que ele pediu de bens materiais... mas deu-lhe carinho e atenção também?
Ou será que apenas se limitou a colocá-lo
no mundo e deixou sua educação por conta dos
“tios” e
“tias”, mestres que devem dar Educação,
e não ensinar
a viver... que é obrigação dos pais.
Li um artigo muito interessante sobre maternidade, que termina com a
seguinte, e muito linda frase, de autoria do meu grande amigo e guru L'Inconnu:
“A integração plena entre duas pessoas que se
amam é a fusão de suas essências
em um novo ser: O FILHO”.
Só que a coisa não termina aí...
Esse novo ser é uma vida que começa,
e
que deve ser bem direcio-nada.
Pensem nisso.
A quem a carapuça servir, espero que ainda esteja em tempo de rever
posições.
Diálogo é o segredo...
Espero que todos tenham
UM LINDO DIA...