Existem diversas maneiras de nos expressarmos, seja para
declarar
amor a al-guém, seja para mandar alguém embora,
seja para apenas fechar
algum negó-cio, ou simplesmente
conversar, trocando ideias soltas no
espaço.
Podemos fazê-lo através de letras, antigamente,
epistolarmente,
hoje, emailla-toriamente.
Ou seja, por escrito.
Pode-se declarar o mais profundo amor, ou o maior desprezo, mas sempre será
“de letrinhas”, faltando o toque real e, principalmente, a força do olhar, que é onde podemos descobrir a realidade dos sentimentos.
Li uma mensagem muito interessante, cuja autoria é
atribuída
a Leonardo da Vinci.
Não posso afirmar, nem contestar, porque
não estava presente
quando ele teria dito essa linda mensagem.
Vamos a ela, porque vale a pena:
“As mais lindas palavras de amor, são ditas no silêncio de um olhar”.
Tais palavras encerram uma verdade incontestável.
Quando estamos
“olho no olho”, é praticamente impossível falsear a verdade.
Penso ser impossível nossos olhos acompanharem o calor de uma declaração de amor, se não estivermos sendo sinceros.
Da mesma maneira o inverso da situação...
Se amarmos alguém, não conseguiremos dizer-lhe que não a amamos, susten-tando a mentira no olhar.
Poderão argumentar que artistas de cinema e TV o fazem,
pois,
salvo quando estão contracenando com parceiros da
vida real,
são sempre romances fictícios.
E eles manifestam sua paixão nos
olhares candentes que
dirigem às parceiras nos filmes ou novelas.
Concordo, em parte, pois só os bons artistas conseguem mostrar a emoção da personagem no olhar.
Mas os verdadeiros artistas,
“vestem” a figura da personagem.
Estão sendo realistas em sua representação.
Com seu talento, conseguem
“sentir” totalmente o personagem.
E não é muito fácil encontrarmos esses realmente bons artistas.
Muitas representações se perdem, porque o personagem não está sendo vivido com todo realismo, faltando o calor e a realidade do olhar...
É só prestar mais atenção quando assistimos a um filme, ou novela.
Por vezes, não conseguimos, ou não queremos enxergar
a realidade
de um olhar...
É quando estamos de tal maneira envolvidos, que não conseguimos vislumbrar o que está
indo na alma de quem está conosco.
Realmente, como
“os olhos são o espelho d’alma”, se soubermos captar a reali-dade do olhar de quem conosco
conversa, poderemos conhecer seus reais senti-mentos.
Quantas vezes encontramos pessoas melífluas,
que evitam
encarar-nos
“olho no olho” quando conversamos.
Há que se desconfiar, ou pelo menos confiar desconfiando de pessoas assim.
Descontando uma eventual timidez, essa
“fuga
ao olhar”
pode denunciar um quê de falsidade.
Ou pelo menos um certo receio de expor seus reais sentimentos, denotando al-guma insinceridade de atitudes.
Se estamos agindo de boa fé, podemos estar errados, mas com a convicção de nossa certeza, porque não sustentar o olhar?
O olhar, na realidade, diz tudo...
Se estamos apreciando a companhia,
se estamos amando, se estamos odiando,
se a piada é boa ou não, se estamos ou não dizendo a verdade...
A indesmentível força do olhar é o melhor detetor
de mentiras que existe.
Poucas pessoas
conseguem vencer o teste
“olhometral”, e sair incólumes.
Geralmente deixam pelo menos a reputação arranhada.
Por exemplo, raro é o político que encara o interlocutor
nos olhos, francamente, pois geralmente seu olhar
“passeia” por todo o ambiente.
Quando conversarem com algum, reparem, prestem
atenção na
“flutuabilidade” de seu olhar.
Estará percorrendo todo o ambiente, mas jamais se fixará no seu...
Poderá até dar um ligeiro olhar na sua direção, mas estará falando e seus olhos
“passeando”...
Imagine-me olhando firme em seus olhos, enquanto lhe desejo UM LINDO DIA, e sinta que o faço sinceramente.
A luz que brilha em seu olhar, indicará sua sinceridade, e que está realmente a amar...