Em noite chuvosa, frente a este frio computador, sinto o aconchego de uma imensa família, constituída apenas de irmãos, todos com o mesmo sobrenome: “Virtual”. São amigos poetas, formatadores, pensadores, jornalistas, escritores, leitores amantes da arte poética... Não consta em nossa identidade raça, posição social, nacionalidade, crença religiosa, baixo, alto, gordo, magro... todos iguais, iguais! Não estamos sob o mesmo teto, pois o teto somos nós próprios, no longínquo firmamento.estrelas de primeira grandeza formando uma exuberante constelação, cada uma com seu brilho próprio. Como seria bom abraçarmo-nos na realidade, eliminando distâncias e arrostando todos os demais eventuais impedimentos e/ou dificuldades. Formarmos um coral, o maior de todos já visto, e entoarmos uníssonos uma harmoniosa canção de paz, amor e fraternidade, a ser ouvida por todos, em todo este nosso planeta chamado Terra. Sonho devaneios à beira de uma insanidade utópica mas sonho meu sonho, mesmo que imponderável, irrealizável... O gotejar da chuva na vidraça da janela aumenta e faz-me lamentar algumas estrelas que se apagaram para sempre e outras momentaneamente. Somos muitos, mas ainda que seja uma estrela apenas, dói-nos sua falta, passamos a ser apenas um resto, falta-nos a totalidade, dói-nos a saudade. É certo que novos valores se chegam e vão mantendo nossa Família Poética, num revezamento constante. Daqui a cinquenta anos, maioria de nós, não mais estará aqui compondo poesias, outros estarão fazendo-o... e o ciclo permanecerá por todo o sempre, enquanto DEUS assim o permitir. Mas, no vivenciar deste presente, torço para a manutenção coesa de todos os irmãos internautas que formam este nosso virtual Mundo Poético. A chuva cessou, encerro aqui esta minha crônica, deixando beijos e abraços fraternos para cada um de vocês. AMO A TODOS!!! Fundo Musical: Bello amanecer Arte e Formatação: Augusta Búrigo e Silva |