Encontro Entre Brasilieros Em Navio Europeu

Recebi em 23/10/2024
 

GÊNOVA - ITALIA

Em uma de nossas viagens de volta ao Brasil saindo da cidade de GÊNOVA - Itália, onde estávamos em férias e por planejamento, conhecemos algumas cidades e as vilas famosas de Cinque Terre.

Estávamos hospedados em um hotel próximo à estação ferroviária de onde nos locomovíamos a esses lugares e passando os dias, aguardávamos a chegada do navio que nos transportaria de volta para o Brasil.

Nos acomodamos em uma confortável cabine tipo varanda com uma vista deslum-brante para o mar e com uma excelente embarcação de origem italiana.

Notamos que estávamos entre as 3500 pessoas a bordo e com muitos tripulantes para atender todo o funcionamento do navio.

Havia muitos brasileiros que voltavam após férias e outros que desistiram da mo-radia naquela nação e que acabamos por conhecer e nos falaram de seus motivos que não quisemos entrar em detalhes.

Percebíamos pelo som dos idiomas que muitos falavam pelas dependências, eram brasileiros em sua maioria, com poucos estrangeiros que vinham em férias ao Bra-sil.

Nos elevadores escutávamos brasileiros falando para nós:- Good Morning, etc., e então para não os desapontar, respondíamos também com essas frases prontas em inglês, rindo por dentro.

Esse pequeno e momentâneo costume estava nos apegando, e percebíamos que virou uma piada pelos corredores entre as dependências do navio.

Toda a comunicação na embarcação era feita em cinco idiomas, e no embalo, as pessoas ficavam treinando um inglês, espanhol, italiano ou outro, tudo de forma macarrônica.

Em uma das manhãs minha esposa saiu da cabine que fecha tudo de forma auto-mática e com muita pressão.

Não se consegue abrir pelo lado de fora a não ser que tenha o cartão magnético que a esposa não levou, ela fora entregar algumas frutas para o nosso camareiro que nos servia com alegria e amabilidade, o camareiro recebeu as frutas e cami-nhou corredor afora.

Era uma pessoa de nacionalidade Indonésia, e com ele, nos comunicávamos em inglês.

Como ela não conseguia entrar, falava lá de fora próximo a porta, em espanhol "abre la puerta es servicio de habitaciones" eu, no chuveiro, achando que era alguém da tripulação, ia respondendo (si, si), ela insistia no linguajar porque a demora já era longa, até que saí do banho e não enxerguei a esposa na cabine, pela voz, percebi que era ela que estava do lado de fora abri a porta e demos muitas risadas.

E assim, foi durante toda a travessia por 21 dias até chegarmos ao Porto de San-tos Brasil.

Antonio Vendramini Neto
(Toninho)





 


 
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