Olá!
És linda!
- Uai... é a cara do meu povo, né gente?
Tens nome forte, cara de brava, jeito de mandona...
- É só cara, viu?
Tens histórias de conquistas, invasões, brasões...
- É mesmo.
Tenho tradição, sou valente.
Teu nome tem passado forte, lutas, interrogações.
- Pode contar, se isso te deixa contente.
Nasceste no Século VII...
- Epa!
Quê qué isso? Nasci há cento e
cinquenta anos!
Tô falando do teu nome, sô!
- Ah, bão...
Aí pode sê.
Eras Língua ou Dialeto?
- Língua romântica falada pelos
trovadores provençais da Catalu-nha.
Ré!
Que chique!
Mas, afinal onde nasceste?
França?
Espanha?
Portugal?
- Advinha, uai.
Agora vou te matar na unha.
Pensas que sou bobo...
Eu sei que és "mei
francês mei espanhol, tá"?
- Intão
purquê qui ôce fica me perguntano?
Para vê se
beliscas o anzol...
Ô peixe arisco, sô!
- Ah, besteira!!!
Mas acabei virando nome de cidade brasileira por causa do Bartolomeu Bueno da Silva: pai, filho... e espírito de aventura.
No início eras a Língua que estava no caminho.
Enquanto era só da boca pra fora, foste muito importante, aí cassaram teu mandato, séculos depois
te ergueram novamente ao trono e, até neste ins-tante, continuas sendo muito falada na Europa.
- Mais de dez milhões de vozes me
falam com orgulho e romantismo.
Exibida!
Parece que trouxeste para o Brasil
valentia, persistência, vitalidade.
Tiveste muitos filhos de tudo quanto é idade.
Sentes orgulhos deles?
- São filhos corajosos, inteligentes, bem criados, saudáveis
e bem nutridos.
Têm bons sentimentos, valores fortes e sólidos.
Sim, sinto muito orgulho da minha gente.
São bons demais da conta.
O que fazem seus filhos?
- Ah, são
profissionais da saúde e ensino, políticos, estudantes, in-telectuais, artistas, prestadores de serviços, comerciantes, religio-sos, servidores
públicos, empresários, agricultores, pecuaristas e muito mais...
Nossinhora!
Não falo que és exibida?
Vai vê que muitos
já se desgarraram?
- Já.
Vários deles foram ser acariciados por outros colos neste e em
outros continentes.
Há também os que estão sendo acariciados por estrelas
muito distantes..
Mas nenhum deles nunca me esqueceu.
O dia do meu aniversário é sagrado.
Todos se lembram.
Se não podem vir, mandam um sinal, um
agrado, beijos, abraços, mensagens de carinho onde quer que estejam.
Verdade verdadeira!
Ah, não chora!
- É que sinto saudades...
Amo tanto os meus.
Vem cá!
Me dá um abraço bem apertado.
- Hummmmmm...
Ai, Meu Deus!
Que emoção!!!
Parabéns pelos seus cento e
cinquenta aninhos!
Feliz Aniversário, Catalão!