Em Busca da Felicidade - 11ª Parte


Continuação

(11ª Parte)

       Marcela estava na varanda à sua espera.

       Beijaram-se demorada e apaixonadamente.

       __ Aceite estas rosas que tanto me lembram de ti, pela beleza e olor que encerram a minha amada.

       __ Obrigada, querido. Te amo!

       __ Onde está minha sogra?

       __ Só acordou na hora do almoço (riram).

       Da. Magda ficou encantada com os bombons presenteados pelo seu futuro genro.

       __ Não coma todos duma vez, pois voltaremos com alguma coisa para lancharmos a três (riram).

       O “abelhudo” abriu a porta do táxi para ambos entrarem.

       __ Seu Henrique, leve-nos àquela loja de presentes já conhe-cida OK?

       __ Querida, trouxe aqueles R$ 500,00? Estou sem um centavo, confiando em você (riram).

       __ Evidente que não poderia me esquecer...

       Pela particularidade do muito que tinham a conversar, fala-ram sobre amenidades durante o percurso.

       __ Querida, não podemos presentear as crianças com outros mimos a não ser bichinhos de pelúcia? Quem sabe eles apreciem algo diferente...

       __ Não posso quebrar as normas de ajuda que me foram im-postas pelo COI, mas talvez nos lembremos de algo também permi-tido quando estivermos na loja. Guloseimas ou qualquer outra coi-sa de comer, nem pensar!

       Uma vez no interior da loja, Marcela indagou sobre sua “de-missão” na pousada e Wellington tranquilizou-a informando que tu-do estava sob controle, mas sentiu falta dela na hora do almoço... A moça que o serviu era feinha, mas atenciosa. Deixei uma boa gorjeta para ela.

       __ Ainda bem que você achou a Célia feia. Só pode ter sido ela...

       Além dos bichinhos de pelúcia compraram livros infantis dife-renciados e que, depois de lidos pelos anjinhos, poderiam permu-tar entre eles.

       O porta-malas do táxi ficou abarrotado de sacolas de presen-tes e Seu Henrique ajudou-os a carregá-las até o hall de entrada do COI.

       Todo o procedimento estava seguindo a alegre rotina do ante-rior, entre sorrisos e abraços dos carequinhas, até que Wellington vê u’a maca saindo da enfermaria número dois com o corpo de uma criança coberto com um lençol.

       Quando ele avistou um dos leitos vazios e sobre ele o bichinho de pelúcia que haviam dado na visita anterior, associou a morte com o leito macabramente desocupado. Abraçou-se com o presen-te agora sem dono e chorou convulsivamente, olhando para a para-fernália de tubos desligados e pendentes sem mais ter agora um anjo para mantê-lo vivo.

       __ Querido, seja forte! Deus chamou-o de volta para uma nova vida, melhor e mais longa. Pense nisso!

       __ Marcela, cheguei ao limite de minhas forças.

       Vamos acelerar a distribuição dos mimos restante e vamos em-bora. Pelo amor de Deus!

       Assim foi feito e voltaram para o táxi que os esperava no esta-cionamento do COI, com Wellington levando com ele o ursinho da criança que partiu para a grande viagem sem volta.

       __ Esse bichinho de pelúcia será colocado numa redoma e ocu-pará lugar de destaque na sala principal de nossa casa. Embaixo mandarei escrever: “Meu dono se foi, mas eu fiquei para que ele seja lembrado”.

       No caminho de casa passaram numa loja do McDonald’s e leva-ram variados lanches e refrigerantes para casa de Marcela.

       __ Seu Henrique, são 16:20h. Pode agilizar seus afazeres pois não pretendo chamá-lo antes das 22:00h. (disse-lhe Wellington).

       Da. Magda estava assistindo televisão na sala e quando os viu desligou-a e veio ao encontro de ambos.

       __ Que tal os bombons, minha sogra?

       __ Estavam deliciosos!

       __ Estavam?! Mamãe, a senhora comeu todos?

       __ Não... É o modo de falar. Comi apenas dois...

       __ Eu proponho que, antes da hora do lanche, façamos uma mesa redonda para conversarmos a respeito de nosso futuro. O tempo urge!

       Sentados à mesa da sala, Wellington expôs o imediatismo das medidas que deveriam tomar em comum acordo: Eu tenho que vol-tar à lida de meus negócios. Muitas decisões são tomadas pelos meus vice-presidentes, mas algumas de maior importância depen-dem de minha concordância e assinatura. Todavia não irei sem que vocês venham comigo. Disso não abro mão! Esta casa é alugada?

       __ Alugada, disseram ambas ao mesmo tempo.

       __ Ótimo! Então, sugiro que separem as coisas de valor esti-mativo e de uso pessoal para levarmos e que o resto seja doado para pessoas carentes ou instituições do conhecimento e confiança de Marcela.

       __ Da. Magda sofre de acrofobia? Proponho que nossa viagem seja feita de helicóptero. Viajei de ônibus para cá e sei o quanto sofri durante três cruciantes dias. Não quero que o mesmo aconte-ça com vocês.

       __ Nunca viajei de helicóptero. Direi se sinto medo quando saltarmos em nosso destino (todos riram).

       __ Em lá chegando não poderei ter a satisfação de aconchegá-las em minha casa sem que tenha casado com Marcela.

       Tenho ojeriza à nossa chamada “Higt Society” e iriam começar a fofocar sobre um utópico relacionamento íntimo antes do proto-colar matrimônio.

       Então vocês ficariam, no máximo por uma semana, hospeda-das no Hotel Normandy II cinco estrelas, até que minha querida tenha pronto seu vestido de noiva, o mais lindo modelo que achar.

       O Juiz de Paz oficializaria nossa união durante a cerimônia matrimonial que será realizada em nossa capela particular e com convidados escolhidos a dedo por nós.

       Depois disso, vocês irão morar definitivamente em meu cora-ção, digo em nossa mansão.

       Da. Magda terá uma acompanhante, se isso for do seu agrado, durante o período de nossa Lua de Mel. Preciso de uma resposta, agora, para começarmos amanhã a tomar todas as providências em caráter de urgência urgentíssima – OK?

FIM DA DÉCIMA PRIMEIRA PARTE

Ary Franco
(O Poeta Descalço)

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