Rainhas Guerreiras - Mulheres que lideraram seus povos
 

Fonte: MSN - 22/05/2018

 
 

Quando se fala dos guerreiros mais importantes da história é comum que a lista esteja cheia de nomes masculinos.

Mas, é importante lembrar que também existiram mulheres que lideraram seus povos em momentos de conflito.

A Seguir, Você Conhecerá Dez Delas
 

01 - Grace O’Malley

Imagine só: em 1593 uma frota Irlandesa dribla a marinha Inglesa e chega a Londres. Quando desem-barca, a pessoa no comando do navio é uma mulher de 63 anos, ruiva, elegante e com postura de Rainha. Conhecida como Grace O’Malley ou Gráinne Ní Mháille, ela foi uma grande comandante irlandesa.

Reza a lenda que quando ela tinha seis anos, seu pai não quis levá-la em uma viagem porque seus cabelos compridos podiam ficar presos no barco. Ela, então, os cortou com as próprias mãos.

O’Malley participou da Guerra dos Nove Anos entre Inglaterra e Irlanda.

A data e condições da sua morte são desconhecidas, mas hoje ela é considerada um símbolo no seu país natal.

02 - Mavia da Arábia

Mavia era a mulher de al-Hawari, um Rei seminô-made do sul da Síria que faleceu sem deixar herdei-ros, tornando-a automaticamente em Rainha. En-quanto comandava seu povo, Mavia liderou e venceu uma revolta contra o domínio romano.

Naquela época, o Imperador romano rejeitou o pedi-do dos povos árabes por um bispo ortodoxo e nome-ou a um ariano no lugar.

A Rainha Mavia e seus súditos formaram alianças com civilizações do deserto que se prepararam para uma revolta liderada por ela e venceram o poderoso exér-cito romano.

03 - Tômyris

Esta guerreira foi a protagonista de um dos feitos mais impactantes da história antiga: a morte de Ciro, “O Grande Rei da Pérsia.

Tômyris foi a Rainha dos Massagetas, povo que vivia perto do mar Cáspio durante o século VI A.C. Segun-do a lenda, Ciro tentou se casar com ela, mas ela não quis. Sem conseguir lidar com a rejeição, deci-diu invadir seu reino.

Segundo o historiador, Heródoto, Tômyris e seu exército derrotaram os persas e Ciro morreu em combate. Como vingança, a Rainha ordenou encher um odre de sangue e sua cabeça foi colocada dentro.

04 - Artemísia

Ela foi a primeira mulher Almirante do mundo oci-dental. A Rainha de Halicarnasso, cidade grega, vi-veu no século 480 A.C. e lutou lado a lado com Xerxes I na Segunda Guerra Médica. Dirigiu cinco dos seus barcos pessoalmente e, segundo os escritos de Heródoto, era muito corajosa e admirada por Xerxes I.

A lenda diz que Artemísia se apaixonou por um ho-mem que a ignorou. Ela consultou um oráculo e ele a aconselhou que se suicidasse, pulando no mar.

05 - Boudicca

Boudicca foi a Rainha dos Icenos, povo que habitava o que é hoje a Inglaterra, e liderou uma revolta mas-siva contra a ocupação romana no ano de 43 D.C. Ela estava casada com o Rei Prasutagos. Quando ele morreu e ela assumiu o poder, os romanos romperam o acordo de livre governo com os Icenos.

Os romanos não só decidiram governar diretamente os Icenos como também conquistaram seu território.

A população se rebelou e pessoas de outras tribos dominadas pelos romanos se uniram à causa. Os re-beldes liderados por Boudicca destruíram o território inglês dominado por Roma e depois de muitas bata-lhas, a Rainha foi derrotada.

A causa da sua morte é desconhecida.

06 - Raní Laxmi Bai

A Rainha de Jhansi é uma figura icônica da Índia. Ela lutou contra a colonização britânica. É considerada uma heroína em seu país, mas no Reino Unido cha-mada de vilã. Ela se converteu em “Raní”, líder de Jhansi ao se casar com o Marajá Gangadhar Rao em 1842.

Em 1858 os hindus e mulçumanos se uniram contra os britânicos e a Raní teve uma participação ativa na luta. Raní Laxmi Bai foi capturada duas vezes pelos seus inimigos, mas conseguiu escapar em ambas oca-siões.

Ela morreu enfrentando seus perseguidores.

07 - Amanitore

Amanitore foi uma grande guerreira e co-governou seu reino com um homem que, de acordo com histo-riadores, não se sabe se foi seu marido ou filho.

Seu governo começou no ano 1 A.C.

Entre seus feitos principais estão a restauração de templos tradicionais destruídos pelos romanos, a construção de edifícios e de reservas de água para seu povo. Durante seu governo, a economia foi prós-pera. Amanitore foi tão importante para sua época que quando morreu foi enterrada em sua própria pirâmide.

Ela também é mencionada na Bíblia.

08 - Zenóbia

Foi a Rainha do Império de Palmira (Síria) durante o século III. Zenóbia era de família nobre e chegou ao poder depois da morte do seu esposo Odenato, que foi assassinado.

O Império Romano passava por um momento turbu-lento no ano de 260 D.C. e Zenóbia soube aproveitar a situação. Sob seu comando, o exército conquistou parte da Síria, Egito e Ásia Menor e se declarou inde-pendente de Roma.

Os romanos capturaram Zenóbia e seu filho e, ainda que a causa de sua morte seja desconhecida, há duas teorias muito populares: a de que eles foram apresentados como troféus de guerra e a que eles se suicidaram.

09 - Mãe Lü

Mãe Lü foi a cabeça de uma rebelião contra a dinas-tia Xin na China antiga.

Um Imperador chamado Wang Mang tomou o trono e implementou reformas reprovadas pela população.

Ela liderou a restauração da dinastia Han e suas tra-dições.

Os seguidores da Mãe Lü pintavam as sobrancelhas para parecerem demônios e por isso ganharam o apelido de “sobrancelhas vermelhas”.

Camponeses e donos de terras se uniram ao conflito que durou seis anos e terminou depois da morte do Imperador, quando a dinastia Han voltou ao poder.

10 - Nzinga de Ndongo
(Ana de Sousa)

A Rainha de Ndongo (atual Angola) nasceu em 1582 e viveu 81 anos. Além de ser uma grande estrategista militar, Nzinga era conhecida por sua grande beleza, caráter e inteligência. Foi um símbolo de resistência contra o domínio de Portugal, que se instalou na atual cidade de Luanda para sequestrar pessoas para torná-las escravas.

Nzinga era conselheira do seu irmão, o Rei, repre-sentante diplomática do seu reino diante Portugal e Rainha depois da morte do monarca.

Contra a tolerância que seu irmão tinha com o domí-nio português, Nzinga formou uma aliança para der-rotar os colonizadores com o apoio de nações africa-nas e com os holandeses.

Foi Rainha até sua morte e manteve seu território independente e respeitado por Portugal.