A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como “Guerrilheiro Heroico”, onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe,
foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando
Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão.
Somente foi publicada sete anos depois.
O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a
“A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX”.
É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo
universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada
às tendências políticas principais).
Che Guevara |
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Há 50 Anos Che Guevara Era Preso E Morto Na Bolí-via, Em 1967
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Fonte: MSM 08/10/2017 |
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© Reprodução: O Guerrilheiro Argentino Ernesto Che Guevara, preso Na Bolívia, Em 1967 |
Em 1967, a Bolívia era o país mais pobre da América Latina e possuía uma das forças armadas mais desequipadas da região.
Mesmo assim, um grupo de soldados raquíticos,
com armas da II Guerra Mundial e quase nenhuma proficiência de
combate foi capaz de subjugar e prender aquele que os movimentos armados idolatraram como seu guerrilheiro máximo.
Sob a mira dos bolivianos, ele suplicou: “Não me matem. Sou Che Guevara. Para vocês valho mais vivo do que morto”.
Há exatos cinquenta anos
Ernesto
“Che”
Guevara
fora vencido pelo pelotão comandado pelo então
capitão Gary Prado Salmón.
Ao longo da tarde e noite daquele dia 8 de outubro de 1967,
Che e
Prado
compartilharam cigarros, tomaram café e conversaram.
O guerrilheiro queixou-se que os soldados haviam lhe roubado o relógio Rolex que
Fidel Castro
havia lhe dado de presente.
Che
estava convencido que sairia ileso e, por isso, se dava ao luxo de se preocu-par com o seu relógio.
Prado
recuperou a peça e a entregou na mãos do argentino.
Che
pediu ao militar que a guardasse para evitar que voltasse a ser roubado.
Gary Prado
manteve o Rolex sob sua guarda até 1984, quando o entregou a um cônsul cubano para que pudesse ser devolvido à família de
Guevara.
Entre os vários assuntos que tratou,
Prado
queria saber o motivo de ele ter escolhido a Bolívia para exportar a revolução.
“Nós já havíamos passado por uma revolução com reforma agrária
e direitos universais.
Que revolução ele esperava fazer, perguntei.
Ele me respondeu
‘Me deram uma má informação.
Eu não preparei essa missão.
As ordens
vieram de instancias superiores.’
Perguntei de Fidel, mas nunca me respondeu”.
O militar relembra o desdém que
Che demonstrava para com aqueles, ele não o seguiam em seus projetos
revolucionários.
Quando perguntado sobre a experiência no Congo, onde Cuba havia planejado exportar a revolução,
Che
disse “deu errado porque a gente quis fazer a revo-lução em um lugar onde as pessoas ainda viviam pendurada em árvores.
”
Prado
disse a VEJA que neste 50º aniversário da prisão e morte de
Che Guevara,
ele espera exorcizar o passado.
“Não aguento mais todo ano a mesma história.
A mesma obsessão em torno da morte dele e de todos os mitos
decorrentes desses eventos.”
A execução de
Che
no dia seguinte colocou um fim nas pretensões do guerrilheiro de colaborar com
as autoridades.
“Ele acreditava que seria mantido vivo pelo valor estratégico que tinha.
”
Mas a decisão do governo da Bolívia de matá-lo impediu o que seria o primeiro acordo de delação
premiada da esquerda latino-americana.
Hoje (08/10/2017),
Prado e outros veteranos
inauguraram em Santa Cruz de la Sierra um memorial
em homenagem aos 54 bolivianos que morreram em combate com a guerrilha castrista.
“São heróis nacionais que ficaram esquecidos
pela história, ofuscados pelo mito Che Guevara.”
O agora general da reserva
Gary Prado relembra que quando
Che foi preso ele estava em frangalhos e ferido.
O odor de seu corpo era tão insuportável, que depois de sua execução uma enfer-meira pediu autorização para
lavar o cadáver.
O que os militares bolivianos jamais poderiam imaginar era que o asseio post-mortem ajudaria reforçar o mito
do martírio de Che.
As fotografias do corpo limpo e bem arrumado estendido sobre a pia de cimento passou a ser comparada à pintura
A lamentação sobre Cristo morto do renas-centista Andrea Mantegna (1431-1506).
Se vivo Che valeria muito para os seus captores.
Morto, ele teve uma valor inestimável para Fidel Castro.
Transformou-se no maior produto da propaganda cubana.
“Surgiram uma infinidade de relatos sem nenhuma conexão com a realidade”, diz o ex-militar.
Segundo ele, jamais houve um discurso de despedida, como retratado em filmes e relatado em livros.
“Não houve tempo de Che dizer nada.
O militar que o executou se voluntariou para fazer isso.
Entrou no local
onde Che estava e o fuzilou com uma rajada de metralhadora.”
O fato de ter comandado a captura de
Che Guevara quase
custou a vida de Gary Prado.
Em julho de 1968, menos de um ano depois da morte do argentino.
Prado foi alvo de uma tentativa de atentado.
Na ocasião, ele estudava no Brasil.
Fazia um curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, no Rio de Janeiro.
Militantes do Comando de Libertação Nacional (Colina) – organização da qual a
ex-presidente Dilma Rousseff viria a fazer parte – montou
uma emboscada para “vingar a morte de Che”.
Mas os terroristas confundiram o alvo e
mataram a tiros o major alemão Edward Westernhagen, que era colega de curso de
Gary Prado.
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Fundo Musical: Hasta Siempre Comandante Che Guevara
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