Sete De Setembro De 1822 - Independência Ou Morte
 
Colaboração do amigo Gladiador
 

Recebi em 07/09/2004

 


 

Grito da Independência do Brasil

"Independência ou Morte", quadro de Pedro Américo (1843-1905)

O "Independência ou Morte", quadro de Pedro Amé-rico (1843-1905), representa D. Pedro I no momen-to do Grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822

O processo de independência começa com o agravamento da crise do sistema colonial e se estende até a adoção da primeira Constituição brasileira, em em 1824.

As revoltas do fim do século XVIII e começo do XIX, como a  Inconfidência Minei-ra, a Conjuração Baiana e a Revolução Pernambucana de 1817, mostram o enfraquecimento (1776) dos Estados Unidos e a Revolução Francesa (1789) refor-çam os argumentos dos defensores das ideias liberais e republicanas.

Cresce a condenação internacional ao absolutismo monárquico e ao colonialis-mo.


Aumentam as pressões externas e internas contra o monopólio comercial portu-guês e o excesso de impostos numa época de livre-mercado e circulação de de mercadorias.

Corte Portuguesa

A instalação da Corte portuguesa no Brasil, em 1808, contribui para a separação definitiva das duas nações.

A abertura dos portos, a elevação da colônia à situação de reino e a criação do Reino Unido de Portugal, e Algarve praticamente cortam os vínculos coloniais e preparam a independência.

Com a Revolução do Porto, em 1820, a burguesia portuguesa tenta fazer o Brasil retornar à situação de colônia.

A partir de 1821, as Cortes Constituintes - o Parlamento lusitano - tomam deci-sões contrárias aos interesses brasileiros, como a transferência de importantes órgãos administrativos para Lisboa.

Também obrigam Dom João VI a jurar lealdade à Constituição por elas elaborada e a retornar imediatamente a Portugal.

O Rei português volta, mas deixa no Brasil o filho Dom Pedro como Re
gente, para conduzir a separação política, caso fosse inevitável.

Pressionado pelas Cortes Constituintes, Dom João VI chama Dom Pedro à Lisboa.

Mas o Príncipe Regente
resiste às pressões, que considera uma tentativa de esva-ziar o poder da monarquia.

Forma-se em torno dele um grupo de políticos brasileiros que defende manuten-ção do status do Brasil no Reino Unido.

Em 29 de dezembro de 1821, Dom Pedro recebe um abaixo-assinado pedindo que não deixe o Brasil.

Sua decisão de ficar é anunciada no dia 9 de janeiro do ano seguinte, num gesto enfático.

O episódio passa à História como o Dia do Fico.

Articulações políticas - Entre  os políticos que cercam o Regente estão os irmãos Antonio Carlos e José Bonifácio de Andrada e Silva, e o Visconde de Cairú, José da Silva Lisboa.


Principal ministro e conselheiro de Dom Pedro, José Bonifácio luta, num primeiro momento, pela manutenção dos vínculos com a antiga metrópole, resguardando o mínimo de autonomia brasileira.

Convencido de que a separação é irreversível, aceita a Independência desde que a monarquia continue.

Para ele, o regime monárquico é o único capaz de neutralizar a intervenção portuguesa nas províncias e preservar a unidade político-territorial do país.

Fora da Corte, outros líderes liberais, como Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, atuam nos jornais e nas Lojas Maçônicas.


Fazem pesadas críticas ao colonialismo português e defendem total separação da metrópole.

Em 3 de junho de 1822, Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a primeira Assembleia Constituinte brasileira.

Em 1º de agosto, baixa um decreto considerando inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país.

Cinco dias depois, assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifá-cio.

Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura "a Independência  do Brasil, mas como reino irmão de Portugal".

Dom Pedro

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
 
Independência

Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do Príncipe Regente.

No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das Cortes.

Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil às margens do Rio Ipi-ranga.

Em 12 de outubro de 1822, é aclamado Imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.

Nome Completo Do Primeiro Imperador Brasileiro, Dom Pedro I (1798-1834)
 

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon

 
Período do Brasil Império: 1822 a 1889

 
Hino Da Independência Do Brasil
Se desejar escutar a Música
Clique Aqui