Uma pesquisa do jornal australiano Sydney
Morning Herald relacionou algumas das síndromes mais estranhas que
atingem o ser humano.
Podem parecer doideiras, mas para cada uma
dessas doenças existe um batalhão de médicos tentando descobrir a causa.
E principalmente a cura.
1. Síndrome Do Sotaque Estrangeiro |
Após sofrer uma pancada
ou qualquer outro tipo de lesão no cérebro, as vítimas desse distúrbio
passam a falar com sotaque francês... ou italiano... ou espanhol.
A língua varia, mas, na maioria dos casos,
as vítimas desconhecem o novo idioma.
Segundo cientistas, a pronúncia não é
efetivamente estrangeira, só dá a impressão disso.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, na
Inglaterra, acreditam que o sintoma é causado por um trauma em áreas do
cérebro responsáveis pela linguagem, provocando mudanças na entonação,
na pronúncia e em outras características da fala.
Um caso bem recente da síndrome do sotaque
rolou com a britânica Lynda Walker, no mês passado (Agosto
de 2012).
Após um infarto, Lynda acordou falando com
sotaque jamaicano.
Após sofrer uma
desilusão com o cônjuge, com os pais ou com qualquer outro parente, a
pessoa passa a acreditar que eles foram sequestrados e substituídos por
impostores.
O sintoma por vezes se volta contra a
própria vítima: ao se olhar no espelho, ela também acredita que está
vendo a imagem de um farsante.
Neurose total!
O problema tende a atingir mais pessoas a
partir dos 40 anos e suas causas ainda não são conhecidas.
A síndrome foi descoberta pelo psiquiatra
francês
Jean Marie Joseph Capgras, que a descreveu pela primeira vez em
1923.
Em graus mais extremos, a vítima acha que
até objetos inanimados, como cadeiras, mesas e livros, foram
substituídos por réplicas exatas.
3. Síndrome Da Mão Estranha |
“Minha
mão agiu por conta própria.”
Essa desculpa usada por alguns cafajestes
pode ser verdadeira.
A síndrome em questão
Alien Hand Syndrome,
em inglês faz com que uma das mãos da vítima pareça ganhar vida própria.
O problema atinge principalmente pessoas com
lesões no cérebro ou que passaram por cirurgias na região.
O duro é que o doente não presta atenção na
mão boba, até que ela faça alguma besteira.
A mão doida é capaz de ações
complexas,
como abrir zíperes.
Os efeitos da falta de controle sobre a mão
podem ser reduzidos dando a ela uma tarefa qualquer, como segurar um
objeto.
4. Síndrome De Alice No País Das
Maravilhas |
Doença que provoca
distorções na percepção visual da vítima, fazendo com que alguns objetos
próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos.
O distúrbio foi descrito pela primeira vez
em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o batizou em homenagem ao
livro de
Lewis Carroll.
Na obra, a protagonista Alice enxerga coisas
desproporcionais, como se estivesse numa “viagem”
provocada por
LSD.
As vítimas da síndrome também veem
distorções no próprio corpo, acre-ditando que parte dele está mudando de
forma ou de tamanho.
Esse nome também
estranho: pica é uma palavra latina
derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer coisa.
E a pica a síndrome,
é claro... faz exatamente isso: a pessoa sente um apetite compulsivo por
coisas não comestíveis, como barro, pedras, tocos de cigarros, tinta,
cabelo...
O problema atinge mais grávidas e crianças.
Após comerem muita porcaria
involuntariamente, os glutões ficam com pedras calcificadas no estômago.
Em 2004, médicos franceses atenderam um
senhor de 62 anos que devo-rava moedas.
Apesar dos esforços, ele morreu.
Com cerca de 600 dólares no estômago.
O nome bizarro é uma
referência a Ondina, ninfa das águas na mitologia pagã europeia.
A doença, mais estranha ainda, faz com que
as vítimas percam o controle da respiração.
Se não ficar atento, o sujeito simplesmente
esquece de respirar e acaba sufocado!
A síndrome foi descoberta há 30 anos e já
existem cerca de 400 casos no mundo.
Pesquisadores do hospital
Enfants Malades,
de Paris, acreditam que a doença esteja relacionada com um gene chamado
THOX2B.
O sistema nervoso central se descuida da
respiração durante o sono e o doente precisa dormir com um ventilador no
rosto para não ficar sem ar!
Depressão extrema, em
que o doente passa a acreditar que já morreu há alguns anos.
Ele acha que é um cadáver ambulante e que
todos à sua volta também estão mortos.
Em casos extremos, o sujeito diz que pode
sentir sua carne apodrecendo e vermes passeando pelo corpo.
Na fase final, a vítima deixa até de dormir
e sua ilusão pode efetivamente se tornar realidade.
O nome da doença faz referência ao médico
francês
Jules Cotard, que a descreveu pela primeira vez em 1880.
Apesar de depressivo e certo de que está
morto, o doente, contradito-riamente, também pode apresentar ideias
megalomaníacas, como a crença na própria imortalidade.
Se você já sonhou em
nunca mais sentir nenhuma dor, cuidado com o que pede.
As vítimas dessa doença não sentem dores,
mas isso é um problemão.
Elas ficam muito mais sujeitas a sofrer
acidentes porque param de registrar qualquer aviso de dano nos tecidos
do corpo, como cortes ou queimaduras.
A doença é causada por uma mutação no gene
IKBKAP do cromossomo 9
e foi descrita pela primeira vez pelos médicos
Milton Riley
e
Richard Lawrence Day.
Sem o aviso de perigo que a dor proporciona
às pessoas comuns, a maioria dos doentes com a
Síndrome de Riley-Day
tende a morrer jovem, antes dos 30 anos, por causa de ferimentos.
9. Síndrome Da Redução Genital |
Também conhecido como
Koro,
esse distúrbio mental deixa a pessoa convencida de que seus genitais
estão desaparecendo.
A maioria dos casos até hoje foi relatada em
países da Ásia ou da África, e em muitos deles a síndrome parece ter
sido contagiosa!
Um dos episódios mais estranhos ocorreu em
Cingapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registrou centenas
de casos de homens que acreditavam que seu pênis estava sumindo.
Um único caso da síndrome da redução genital
foi registrado até hoje no Brasil, no Instituto de Psiquiatria da USP.
Convencido de que seu pênis estava sumindo,
o doente tentou se matar com duas facadas no abdômen!
A expressão “cego
de emoção” existe na prática, e pode
acontecer com qualquer pessoa normal.
O problema foi descoberto recentemente por
pesquisadores da
Universida-de de Yale, nos Estados Unidos.
Depois de olhar para alguma imagem forte,
principalmente com conteúdo pornográfico, a maioria das pessoas perde a
vista por um curto espaço de tempo - décimos de segundo na verdade.
Até agora, nenhum especialista conseguiu
explicar o porquê dessa reação.
A descoberta da cegueira emocional deu
origem a um movimento no Congresso americano para que seja banida toda a
publicidade com apelo erótico em grandes rodovias do país.
Colaboração: Amiga Maria Teresa (Portugal) -
26/09/2012
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