História da Maria Padilha

Pomba-gira


História de Maria Padilha
Pomba-gira
Maria Padilha
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Conheça a história da Pomba-gira Maria Padilha.

Muitas são as versões de histórias contadas sobre a vida de Maria Padilha, a Pomba-gira mais conhecida das religiões afro-brasilei-ras.

Como são muitas
Pomba-giras que trabalham nessa falange, cada uma traz seu relato de quando era viva.

Mas há uma história mais conhecida da Rainha dessa falange e en-contrada nos romances espanhóis.

A história conta que Maria de Padilha era uma jovem muito se-dutora que foi viver no reinado de Castela como dama de compa-nhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela, futuro rei conhe-cido como O Cruel.

D. Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbon, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para casar-se com D. Pedro, já que este estava prestes a assumir o Reinado do pai, no ano 1350.

Com o tempo, Maria de Padilla tornou-se amante de Dom Pedro I de Castela e passou a influenciá-lo nas mais importantes decisões.

Com fama de feiticeira, muitas fontes afirmam que ela teria se utilizado de fortes feitiços para conquistar o coração de D. Pedro I.

No dia 25 de Fevereiro de 1353,
Branca de Bourbon chegava de Valladolid, com seu séquito chefiado pelo Visconde de Narbona.

Mas seu pretendente Pedro I encontrava-se em Torrijos, com Maria de Padilla prestes a dar à luz.

Em 3 de Junho, do mesmo ano, houve a cerimônia de casamento de Pedro de Castela com Branca de Bourbon.

Três dias depois, o rei voltou para Puebla de Montalbán, onde Maria de Padilla o aguardava.

Após uma breve reconciliação com Branca Bourbon em Valladolid, Dom Pedro I partiu, juntamente com Maria de Padilla, para Olme-do.

Onde se casou secretamente com Maria e abandonou definitiva-mente sua esposa.

Com a realização do casamento com o rei Pedro I de Castela, Maria de Padilla muda seu nome para Maria Padilha, para adequar-se a pronúncia dialética de Olmedo.

Assim, nasce a linhagem da família Padilha: a Casa Real de Padilha.

Porém,
o partido político opositor ao rei descobre que ele havia se casado com Maria Padilha e exerce pressão política contra o rei-nado de Pedro.

Don Beltran de la Sierra, um representante do Papa, intimou o rei a retomar Branca como sua esposa.

O rei, entretanto, preferiu mantê-la presa – lendas dizem que por um feitiço armado por Maria Padilha.

Em 1361,
D. Pedro enviou Branca, com seus 25 anos, para Medina Sidónia, onde foi envenenada pelo ballestero Juan Perez de Re-bolledo.

Alguns meses após a morte de Branca de Bourdon, Maria Padilha morre durante a pandemia da grande peste bubônica de 1361.

D. Pedro fez seu velório e enterro como de uma grande rainha e seus restos mortais foram sepultados nos jardins de seu castelo em Astudillo.

As histórias de desamor e matrimônio que uniram uma rainha; um rei e sua amante, contada pelos trovadores por toda a Ibéria, reforçaram o poder de Padilha.

Na época da Inquisição, no século XVIII, as mulheres na Europa sofriam fortes perseguições e degradações sociais acusadas de serem bruxas pela Igreja e pelo Estado.

Assim,
muitas delas foram deportadas para o Brasil, tempo em que ainda era colônia.

E, apesar das perseguições, a admiração das rezadeiras pela alma de Padilha era muito forte.

Por fim, podemos dizer que foi por intermédio destas mulheres condenadas e trazidas para o Brasil que Maria Padilha faz sua entrada no universo espiritual popular no país.

Além de a entidade de Maria Padilha, a mando do Rei das Encruzi-lhadas, ter sido convocada para comandar a sua falange de Pomba-giras e Exús.

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