As Falanges De
Trabalho Na Umbanda |
Na
Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são
entidades evoluídas espiritualmente que vêem trabalhar nas giras de
Umbanda.
São
agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma Vibração.
Preto-Velhos,
Caboclos,
Exus,
Crianças,
Boiadeiros,
Ciganos,
Orientais
e Mestres
que trabalham na cura.
São entidades,
espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos,
que tra-balham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a
amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o
ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé
que tudo se consegue.
Usam em seus
trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte
física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam
a nossa aura e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para
que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que
possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles
desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós
consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada
pelos espíritos de
Caboclos
e Preto-Velhos
é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao
contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa.
Eu sei que
infelizmente, existem vários Terreiros que praticam esta magia inferior, mas
estes são os magos negros,
que para disfarçar o seu verda-deiro propósito, se escondem em Terreiros
ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas
práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.
Mais graças a
Oxalá, esses Terreiros estão acabando, pois, o povo esta tendo um maior
conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da
verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro
caminho da fé.
Os
Caboclos de Umbanda
são entidades simples e através da sua simpli-cidade passam credibilidade e
confiança a todos que os procuram, seus Pontos Riscados, grafia sagrada dos
Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses
Pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e
Orixás
para
diversos fins, mais a frente fala-remos um pouco mais sobre os Pontos
Riscados de Umbanda.
Nos seus trabalhos
de magia costumam usar
pembas,
(giz de várias
cores imantados na energia de cada Orixá),
velas,
geralmente de
cera,
essências,
flores,
ervas,
frutas,
charutos
e
incenso.
Todo esse
material será disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse
direcione o trabalho.
Quando fazemos um
trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida,
como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, esta comida não é para o
Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali
depositado, serve como alimento espi-ritual, isto é, a energia que emana
daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor
do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado
para limpeza, do con-sulente através da fumaça e das orações que estas
entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.
Muitas vezes a
Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e
bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia
ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e
sempre o fará para o bem de todos.
São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil
como escravos
e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humil-dade.
Seus trabalhos são
de ajuda aqueles que estão em dificuldade material ou emocional, sendo que,
o seu trabalho se desenvolve mas para o lado emo-cional e físico, das pessoas
que os procuram, sendo chamados, carinho-samente de
psicólogos dos aflitos.
Sua paciência em
escutar os problemas e aflições dos consulentes, fazem deles as entidades
mais procuradas na Umbanda, são chamados de
Vovôs
e Vovós da Umbanda.
Também usam ervas
em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar por pessoas doentes e
crianças que estão com mal olhado, suas rezas são conhecidas como poderosas,
usam também de patuás, saquinhos que são depositados elementos de magia e
que os consulentes usam no corpo para proteção.
Da mesma forma que
os Caboclos,
os Preto-Velhos
usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa
que esta recebendo o passe e limpando a aura de larvas astrais e energias
negativas.
São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas
por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os
Caboclos
nas giras, sessões de incorporação na Umbanda.
Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida
simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e pas-sando,
como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força e a
vontade de conquistar, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.
Nos seus trabalhos usam de velas, Pontos Riscados e rezas fortes para todos
os fins.
Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade,
dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conse-guem
atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de
trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez.
São entidades em evolução, seu trabalho é dirigido, principalmente a defe-sa
dos seus Médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para
resolver os problemas da vida sentimental e material.
Costumam trabalhar com
velas,
charutos,
cigarros,
bebidas fortes,
punhais
em
seus Pontos Riscados,
pembas brancas,
pretas
e
vermelhas.
Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os
consulentes, principalmente pôr que quando falam que vão ajudar certa-mente
o farão.
Os Exus Nas Sete
Linhas De Umbanda |
Exu Tranca Ruas das Almas,
Exu Tranca Ruas de Embaré,
Exu Tranca Ruas das Sete Encruzilhadas,
Exu Veludo,
Exu Sete Encruzilhadas,
Exu Sete Facas,
Exu da Mangueira
e outros.
Exu Marabô,
Exu Tronqueira,
Exu Mangueira
e outros.
Exu Marabô Toquinho,
Exu Labareda,
Exu do Lodo,
Exu Pedra Negra
e outros.
Exu
Caveira, Exu Tatá Caveira,
Exu 7 Covas,
Exu Bananeira,
Exu Mulambo,
Exu 7 Porteira
e outros.
Exu Tiriri,
Exu Veludinho,
Exu Gira Mundo,
Exu Sete Encruzilhadas
e outros.
Linha de Yemanjá
(Iemanjá) |
Todas as Pombagiras.
Todos os Exus mirins.
Para um melhor entendimento passarei agora as Sete Linhas de Trabalho da
Umbanda.
Esta linha é regida por Jesus Cristo e representa o princípio da criação, a
luz divina que coordena todas as outras.
Os Guias Principais
Desta Linha São: |
Caboclo Urubatão de Guia,
Caboclo
Ubirajara,
Caboclo Aymoré,
Caboclo Guaracy,
Caboclo Guarany e
Caboclo Tupy.
Estes Guias são os Chefes de
Falanges, mais existem os demais guias que
pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles:
Caboclo Pena Branca,
Caboclo Águia Branca,
Caboclo Tupã,
Caboclo Rompe Nuvem,
Caboclo Tamoio,
Caboclo Gira Sol
e
outros.
O astro que rege esta linha é o
Sol
e tem
como
Guardião o Anjo Gabriel.
Linha de Yemanjá
(Iemanjá) |
Esta linha é regida por
Nossa Senhora da Glória
como principal mais tem
também
Nossa Senhora da Conceição, que é sincretizada com
Oxum, repre-senta a
Divina Mãe, a energia feminina e da natureza da água, a gestação e a
fecundação.
Os Guias Principais
Desta Linha São: |
Cabocla Yara,
Cabocla Indayá,
Cabocla Estrela do Mar,
Cabocla Nanã,
Cabocla Sereia do Mar,
Cabocla Oxum,
Cabocla Iansã.
Outros Guias Que
Trabalham Nesta Linha São: |
Cabocla Jandira,
Cabocla
Iracema,
Cabocla Jupira,
Cabocla Jacira,
Cabocla da Praia,
Cabocla Juçanã,
Cabocla Sete Ondas,
Cabocla Estrela Dalva
e
outras.
O astro que rege esta linha é a
Lua
e tem como
Guardião o Anjo Rafael.
Esta linha é regida por
São Jerônimo
como principal, mais,
São João Batista,
São Pedro
e
São Paulo, também regem esta linha como sincretismo de
Xangô Kaô
e
Agodô
ou
Aganjú.
Representa a
Justiça Divina, a
Lei Kármica, é o dirigente
das almas, o senhor da balança Universal que afere o nosso Estado
espiritual.
Os Guias Principais
Desta Linha São: |
Xangô
Kaô,
Caboclo Sete Montanhas,
Caboclo Sete Pedreiras,
Xangô da Pedra Preta,
Xangô da Pedra Branca,
Caboclo Sete Cachoeiras
e Xangô Agodô.
Outros Guias Que
Trabalham Nesta Linha São: |
Caboclo Cachoeira,
Caboclo Junco Verde,
Caboclo Gira Mundo,
Caboclo Cachoeirinha,
Caboclo Sumaré,
Caboclo Rompe Montanha,
Caboclo Ventania,
Caboclo Rompe Serra
e
outros.
O astro que rege esta linha
é
Júpiter
e tem como
Guardião o Anjo Miguel.
Esta linha é regida por
São Jorge
representa o fogo da Salvação, a linha das
demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas.
Os Guias Principais
Desta Linha São: |
Ogum de Lei,
Ogum Yara,
Ogum Megê,
Ogum Rompe Mato,
Ogum de Malê,
Ogum Beira Mar,
Ogum Matinada.
Outras Entidades
Conhecidas Que
Trabalham
Nesta Linha São: |
Ogum
Sete Espadas,
Ogum Sete Lanças,
Ogum Sete Escudos,
Caboclo Timbiri,
Caboclo Tira Teima,
Caboclo Humaitá,
Caboclo Rompe
Mato,
Caboclo Araguarí
e
outros.
O astro que rege esta linha é
Marte
e tem como
Guardião o Anjo Samuel.
Nesta
linha também trabalham os
Exus de Umbanda.
Esta linha é regida por
São Sebastião, representa o Caçador das Almas, o
mestre que ensina a doutrina e pratica a catequese dos filhos que o
procuram.
Os Guias Principais Desta
Linha São: |
Caboclo Arranca Toco,
Cabocla Jurema,
Caboclo Araribóia,
Caboclo Guiné,
Caboclo Arruda,
Caboclo Pena Branca
e
Caboclo Cobra Coral.
Outras Entidades Que
Trabalham
Nesta Linha São: |
Caboclo Pena Azul,
Caboclo Pena Verde,
Caboclo Pena Dourada,
Caboclo Tupinambá,
Caboclo Tabajara,
Caboclo Sete Flechas,
Caboclo Tupiára,
Caboclo Tupiaçú,
Caboclo Mata Virgem,
Caboclo Rei da Mata,
Caboclo Pery,
Caboclo Rompe Folha,
Caboclo Paraguassu,
Caboclo Arerê,
Caboclo Coqueiro,
Caboclo Sete Palmeiras,
Caboclo Juremá,
Caboclo Folha Verde
e
outros.
O
astro que corresponde a esta linha é
Vênus
e o
Guardião é o Anjo Ismael.
Esta linha é regida pôr
São Cosme e São Damião, é a linha da
Ibejada
que são
as Crianças, representa a alegria, a luz da espiritualidade, a ingenuida-de e
lealdade infantil.
Os Guias Principais
Desta Linha São: |
Tupanzinho,
Ori,
Yariri,
Doum,
Yari,
Damião e Cosme.
Outros Guias Que
Trabalham Nesta Linha São: |
Crispim,
Crispiniano,
Mariazinha,
Zequinha,
Chiquinho,
Luizinho,
João-zinho,
Paulinho,
Luizinha,
Ana Maria,
Joaninha
e
outros.
O astro que
corresponde a esta linha é
Mercúrio, e o
Guardião é o Anjo Yoriel.
Esta linha é regida por
São Lázaro
e
São Roque
respectivamente sincre-tizados com
Obaluaê
e
Omolú,
é a linha dos
Preto-Velhos
ou linha das
almas, representa a palavra da lei, a linha das magias.
É composta pelos
espíritos que tem a missão de combater o mal e todas as suas manifestações.
São os Senhores da Magia.
Os Guias Principais
Desta Linha São: |
Pai
Guiné,
Pai Tomé,
Pai Arruda,
Pai Congo de Aruanda,
Maria Conga,
Pai Benedito
e Pai Joaquim.
Outras Entidades Que
Trabalham
Nesta Linha São: |
Pai
Antônio,
Pai Chico,
Pai Cipriano,
Pai Congo,
Pai Congo do Mar,
Pai Jacob,
Pai Fabrício,
Pai João,
Pai Jovino,
Pai Mané,
Pai Miguel,
Pai Moçambique,
Pai Tomás,
Pai Simplício,
Pai Zé,
Tia Chica,
Vovó Ana,
Vovó Cambinda,
Vovó Catarina,
Vovó Luiza
e outros.
O astro que corresponde a esta linha é
Saturno
e o
Guardião
é o Anjo Iramael.
Estas são as
Sete Linhas de
Umbanda
e seus guias principais, existem outros
guias que não foram citados, mais não dá para falar todos os nomes das
entidades que trabalham nas giras da nossa querida Umbanda.
Os Trabalhos
Desenvolvidos na Umbanda |
A
Umbanda trabalha com sessões públicas, onde os espíritos guias incor-poram
em Médiuns preparados e através da palavra de amor ajudam a todos que os
procuram.
Trabalha também com a magia para desfazer encantos maléficos e para limpar a
aura dos que precisam.
Todos os trabalhos desenvolvidos na
Umbanda
são executados por enti-dades
guias como
Caboclos,
Preto-Velhos,
Crianças,
Boiadeiros
e
Exus, que são
espíritos em evolução mais próximos a nós do plano terrestre e guias
orientais que trabalham na cura de males físicos e espirituais.
As Cores e Elementos
de cada
Orixá na Umbanda |
A cor é vermelho e branco, predominando o vermelho, sua
Erva é
Folha de
Aroeira,
Mangueira,
Espada de São Jorge,
seu
Símbolo
é a
Espada, sua
Saudação
é
Ogunhê Patacurí Ogum, sua guia é de cristal em contas vermelhas
e brancas com firma vermelha, sua pedra é a Ágata de Fogo, Rubi, Sárdio e
Garnet, sua essência é Violeta, seu metal é o Ferro, seu número é o Três,
sua comida preferida é Inhame acará assado com palitos de dendezeiro, ele
come também feijão preto cozido com camarão seco dendê e cebola, feijoada,
inhame cozido com mel, sua bebida é o vinho de palma ou vinho tinto ou
cerveja branca, sua fruta é manga espada,
seu dia é terça-feira, é sincretizado com
São Jorge.
A cor é verde, vermelha e branca predominando o verde, sua erva é folha de
guiné, peregum, mangueira, seu
Símbolo
é o
Arco e a Flecha, sua
Saudação
é
Okearô Oxossi Coquê Maió, sua guia é de cristal verde, vermelha e branca com
firma branca, sua pedra é jasper verde, quartzo verde, esmeralda, sua
essência é eucalipto, sândalo, seu metal é o latão branco, seu número é o
cinco, sua comida é o axoxô, milho de galinha cozido com coco e mel, sua
bebida é o vinho rosado ou tinto, sua fruta é cajá, maracujá, mamão,
seu dia
é quinta-feira, é sincretizado com
São Sebastião.
Sua cor é o marrom, sua erva é elevante, abre caminho, manjericão, seu
Símbolo
é a
Machada e o Raio
que
ele divide com Iansã, sua
Saudação
é
Kaô Kabecilê, sua guia é de contas de cristal marrom, sua pedra é topázio e
citrino, sua essência é de morango, seu metal é o bronze e o cobre, seu
número é o seis, sua comida é o amalá, quiabos cortados em rodelas pequenas
refogado com dendê, cebola e camarão seco com 7 ou 9 quiabos inteiros
formando a sua coroa ou quiabos contados em cruz amassados com mel, o ajebó,
sua bebida é cerveja preta, sua fruta é caquí, manga rosa, mamão, cajá
manga, seu
dia é quarta-feira, é sincretizado com
São Jerônimo
e
São João
Batista.
Sua cor é o branco, sua erva é boldo, manjericão, seu
Símbolo
é o
Opa-Chorô,
cetro de metal branco com os símbolos da criação, sua
Saudação
é
Acheu-Epa Babá, sua guia é de contas brancas de louça com firma branca, sua pedra é o
cristal branco, sua essência é de alfazema e mirra, seu metal é o ouro
amarelo e branco e o estanho, seu número é o 16 e o 10, sua comida é a
canjica de milho branco cozida com mel e o acaçá no leite de coco, sua bebida e o
Aluá de Oxalá ou vinho de palma, sua fruta é pera, uva verde,
maçã verde, seu dia é sexta-feira, é sincretizado com
Jesus Cristo.
Sua cor é o vermelho e preto, sua erva é folha da fortuna, seu
Símbolo
é o
Tridente, sua
Saudação
é
Laroiê Cobaralô Exu Mojubá Ê, sua guia é vermelha e
preta de louça ou cristal, sua pedra é a ágata de fogo ou ágata vermelha,
sua essência é cedro ou verbena, seu metal é o ferro que ele divide com ogum
e o mercúrio, seu número é o sete, sua comida é o padê de exu, farinha de
mesa ou fubá misturados com dendê ou cachaça em um alguidar, sua bebida é a
cachaça ou bebidas fortes, sua fruta é cajá e amêndoa,
seu
dia é segunda-feira,
têm como Guardião Santo Antônio.
Sua cor é o preto e branco, sua erva é canela de velho, guiné, seu
Símbolo
é
o
Brajá de Búzios,
Xaxará, instrumento de
Obaluaê como um chocalho, sua
Saudação
é
Atotô Ajoberu, sua guia é de contas pretas e brancas de louça,
sua pedra é a turmalina negra e ônix, sua essência é de cravo e canela, seu
metal é o bronze, seu número é o 21 e o 9, sua comida é o doburu milho de
pipoca estourados na areia da praia, sua bebida é o vinho de palma e o aluá
de Obaluaê ou vinho moscatel, sua fruta é fruta do conde, abacaxi,
seu dia é
segunda-feira, é sincretizado com
São Lázaro
ou
São Roque.
Sua cor são as cores do arco-íris, sua
Erva é o
Pente de Oxumarê e a
Folha
de Tangerina, seu
Símbolo
é o
Arco-íris e a
Cobra, sua
Saudação
é
Arroboboi,
sua guia é de contas amarelas e verde de louça com firma verde, sua pedra é
a turmalina colorida ou melancia como é conhecida, sua essência é de
bergamota ou de rosas, seu metal é o ouro amarelo e o latão branco ou
amarelo, seu número é o 13, sua comida é batata doce cozida amassada com mel
e dendê colocadas em forma de cobra, sua bebida é o aluá de Oxumarê e vinho
branco, sua fruta é uva rosada, melancia,
seu dia é sábado, é sincretizado
com São Bartolomeu.
O arco-íris é o elemento da natureza que representa
Oxumarê.
Sua cor é o azul e branco, sua erva é folha de colônia, oriri e lírios, seu
Símbolo
é o
Espelho e o Coração, sua
Saudação
é
Oraieieô, sua guia é de
contas azuis e brancas de cristal com firma azul, sua pedra é a sodalita e a
pirita, sua essência é angélica, seu metal é o ouro amarelo, seu número é o
6 e o 8, sua comida é o omolocum, feijão fradinho cozido refogado com dendê
camarão seco e cebola, sua bebida é o aluá de oxum, sua fruta é melão, uva verde,
seu dia é sábado, é sincretizado com
Nossa Senhora da Conceição.
Sua cor é o amarelo ou coral, sua erva é espada de Iansã ou para raio, seu
Símbolo
é o
Raio, sua
Saudação
é
Eparei Oyá, sua guia é de contas amarelas
de louça ou cristal, sua pedra é o quartzo rosa, sua essência é benjoim, seu
metal é o bronze e o cobre, seu número é o 7 e o 9, sua comida é acarajé
feito com feijão fradinho descascado e moído misturado com cebola e camarão
seco e fritos no dendê, mel ou azeite doce, sua bebida é o aluá de iansã,
sua fruta é a manga rosa,
seu dia é quarta-feira, é sincretizada com
Santa
Bárbara.
Sua cor é o branco cristal, sua erva é Santa Luzia , rama de leite e
colônia, seu
Símbolo
é o
Peixe e a Estrela de Cinco Pontas, sua
Saudação
é
Odoiá Eruiá Yemonjá, sua guia é de cristal, sua pedra é a pérola e a
turquesa, sua essência é de jasmim, seu metal é a prata e o ouro branco, seu
número é o 10, o 7 e o 12, sua comida é o peixe assado ou cozido com azeite
doce camarão seco e cebola ou a canjica cozida com mel e maçã em rodelas,
sua bebida é o aluá de Yemanjá, sua fruta é a maçã, pera e uvas verdes,
seu
dia é sábado, é sincretizada com
Nossa Senhora da Glória.
Sua cor é o violeta ou roxo, sua erva é o manjericão da folha roxa, folha de
limão, seu
Símbolo é o
Ibiri que ela traz na mão para afastar a morte, sua
Saudação
é
Saluba Nanã Boruquê, sua guia é de contas de cristal roxa, sua
pedra é a ametista, sua essência é de limão, seu metal é o estanho e o
bronze, seu número é o 7 e o 21, sua comida é feijão preto cozido com folha
de taioba cebola e camarão seco, repolho roxo cozido com arroz cebola e
camarão seco, sua bebida é o aluá de Nanã, sua fruta é o limão e a laranja,
seu dia é sábado, é sincretizada com
Santana.
Os Sacramentos da
Umbanda |
A
Umbanda trabalha com alguns sacramentos que são parecidos com os da Igreja
Católica, que são:
Casamento,
Funeral
e
Batismo.
É realizado pelo guia chefe da casa ou pelo sacerdote
responsável pelo centro, e não pertence só aos Médiuns da casa, qualquer um
que deseje casar-se na Umbanda pode pedir este sacramento.
É realizado pelo sacerdote do terreiro e sofre alterações de
acordo com a condição do morto, se é iniciado na Umbanda ou não.
É realizado sempre pelo guia chefe do terreiro e pode ser para
crianças ou adultos e também não se restringe apenas aos Médiuns da casa.
Os outros
Sacramentos da Umbanda são
referentes aos graus de iniciação dos
Médiuns da casa, são eles: |
Ritual de lavagem da cabeça do
Médium, já desenvolvido, com ervas e
outros elementos rituais, que consiste na preparação da Vibração deste
Mé-dium
para incorporar o seu guia
Protetor de
Umbanda, que se manifestará no
ritual e dirá qual o trabalho que aquele
Médium
irá desenvolver na Umbanda.
Ritual para
Médiuns que completam 21 anos de idade carnal, e já perten-cem a
Umbanda e possuem o Amaci.
Ritual em que o
Médium da casa é recolhido com oferendas para o seu
Orixá
e
Exus
para fortalecer a sua mediunidade.
Ritual de iniciação na
Umbanda que consiste em vários rituais de limpeza e
em um recolhimento, que pode variar de 3 a 7 dias, de acordo com o
Orixá
da
pessoa, e saída do
Orixá principal
e do guia
Protetor
do
Médium.
Para
Médiuns já com feitura e que possuem a missão de se tornarem zela-dores
de Umbanda.
Todos estes rituais são realizados pelo zelador do terreiro acompanhado pelo
Pai Pequeno
da casa.
Apresentação Das
Entidades |
Forma
e apresentação dos Espíritos na Umbanda |
Ao penetrarmos neste assunto, sabemos, de antemão, que vamos contrariar uma
grande parte do movimento umbandista, ainda aferrada a antigas visões,
porém, nosso objetivo é separar o joio do trigo, pela estranha confusão que
o fanatismo, irmão do feiticismo, faz das
Formas
ou
Rou-pagens Fluídicas
que
os
Orixás,
Guias
e
Protetores
usam nosso movimento UMBANDISTA.
Não devemos, em absoluto,
aceitar as descrições fantásticas que “Viden-tes”,
intoxicados de animismo, fazem de supostas entidades.
Alguns veem
Oguns
Japoneses,
Mongóis,
Tibetanos
e até
Romanos, de couraças, espadas ou
cimitarras flamejantes, quando não é um “Xangô”
Chinês, na aparência de um
Velho Andarim.
Outras vezes, afirmam que
Oxossi
é um jovem hindu ou
italiano, de cabelos semicompridos, com um manto púrpura ou um homem de cor morena-jambo, com uma
Faixa na Cinta e Três Flechas
enfiadas no corpo, tal e
qual o modelo fabricado pelos fabricantes de santo.
A Umbanda é a Lei regida por princípios e regras em harmonia que não podemos
alterar pela simples vontade; todos os que conscientemente, tentaram
alterá-la, sofreram diferentes dissabores.
A
Umbanda
é o movimento do Círculo Inicial do Triângulo
e este, é o
Ternário
ou a
Tríade, que exterioriza suas vibrações através das
Três Formas
ordenadas
pela Lei,
que são místicas pois simbolizam:
A pureza, que nega o vício, o egoísmo e a ambição.
A simplicidade, que é o oposto da vaidade, do luxo e da ostentação.
A humildade, que encerra os Princípios do amor, do sacrifício, e da
paciência, ou seja, a negação do poder temporal.
As
Três Formas
que simbolizam estas virtudes são as de
Crianças,
Caboclos
e
Preto-Velhos,
que ainda traduzem: O Princípio ou Nascer,
o Meio
ou
a
Plenitude da Força
e
a Velhice
ou
o Descanso, isto é a consciência em calma,
o abandono das coisas materiais.
O esquecimento do ilusório para o começo
da realidade.
No entanto, o
Espírito, o nosso eu
Real, jamais revelou, nem
revelará, a sua verdadeira essência e “Forma”, compreenda-se bem, sua
“Forma essencial”.
Ele externa sua consciência, seu livre arbítrio, por sua alma,
pelo corpo mental, que engendra os elementos para a formação do denominado
Corpo Astral ou Perispírito, que é uma “Forma durável”, fixa, podemos dizer.
Tentaremos então explicar, que o espírito não tem Pátria, porém, conserva em
si ou forma a sua alma pelos caracteres psíquicos de vários renasci-mentos,
em diferentes Pátrias.
No entretanto, o conjunto desses caracteres psíquicos experimentais
con-tribui para formar a sua personalidade moral e mental, influindo
decisiva-mente na “Forma” de seu corpo astral e mesmo na física quando
encar-nado.
Poderá, pelo resgate, elevar-se ou evoluir tanto, espiritualmente, que sua
imediata condição estando de tal forma purificada, anula completamente os
caracteres pessoais de sua última encarnação, e o seu corpo astral pode
tomar uma “Forma etérica” que apaga, em aparência, aquela que caracterizou
esta passagem pelo “Mundo da
Forma Humana”.
Assim, devemos concluir que existe maior quantidade de formas astrais feias,
baixas, de aspectos brutais, reveladoras do atraso mental de seus ocupantes
espirituais, do que formas belas que expressam a LUZ, a consciência
evolutiva.
Os ocupantes das formas que revelam um Karma limpo, uma iluminação interior,
é que são chamados a cumprir missão na Lei de Umbanda, e por seus
conhecimentos e afinidades, são ordenados em uma das
Três Formas já
citadas.
Velando assim suas próprias vestimentas karmânicas.
Esta metamorfose é comum aos que tomam a função de
Orixás
ou
Guias
que assim
procedem, escolhendo por afinidade uma dessas formas em que muito sofreram e
evoluíram numa encarnação passada.
Para os que estão classificados como
Protetores, em quase maioria, não se
faz necessário essa transformação, porque conservam ainda uma das três
formas em seus corpos astrais, quais sejam:
Caboclos,
Crianças
e
Preto-Velhos.
Saibam todos que tudo isso não é mera concepção nossa, obedece a lógica, ao
estudo e a experiência, verificadas em centenas de aparelhos (Médiuns),
através das respostas de suas entidades sobre o assunto.
Senão, vejamos na mais simples e clara das provas: perguntem, através de um
bom aparelho (Médium) que não seja do qualificado de
“consciente” a qualquer
Guia, quer de
Xangô,
Ogum,
Orixalá,
Yemanjá, etc.,
se ele é japonês, chinês, inglês ou italiano.
Na certa responderá que não, pois, no momento, está ordenado por uma dessas
vibrações ou linhas, e dirá por exemplo:
Sou um Ogum,
Orixá
e
Caboclo
ou
dirá,
Caboclo X da Falange de Ogum Yara,
Ogum Megê
ou
Ogum de Lei,
etc.
Se forem entidades que se apresentam como
Crianças, responderão por exemplo:
Sou Yariri,
Orixá da Vibração
ou
Linha de Yori, ou então,
Sou
“X”
da
Falange
de Yariri,
Doum
ou
Ori, etc.
Perguntem, ainda, a um que se apresente como
Preto-Velhos, e ele dirá que é
Pai
“X”, por afinidade, um Congo, um Angola,
um Cambinda, etc.
Da Vibração de Yorimá, ou da
Falange de um Pai Arruda,
Pai Guiné,
Pai Tomé
que são
Orixás, isto é, chefiam
Legião
ou
Falange.
Como poderão compreender, tudo gira e se expressa nas
Três Formas, ou seja,
na
Tríade, que, por analogia, é o reflexo da
Trilogia Sagrada, o
Ternário
Humano, sintetizado na
Unidade que é a manifestação de DEUS.
“O número três reina por toda parte no Universo”
disse Zoroasstro, e este
Universo é Tríplice em suas
Três Esferas Concêntricas, o
Mundo Natural, o
Mundo Humano, e o
Mundo Divino.
Até no homem são três as partes que o
formam:
Corpo,
Alma,
Espírito.
Porque foi da combinação de
Três Forças
Primordiais
(Espírito,
Alma,
Matéria) que surgiu a forma dos seres que
povoam os Universos dentro do Cosmo, limitado e ilimitado em si mesmo.
Ainda é a força sagrada do número três que forma os cultos trinitários.
Na Índia
com
Brahma,
Visnu
e
Shiva; a própria unidade do
cristianismo com o
Pai, o
Filho
e o
Espírito Santo.
No Egito
é
Osíris,
Íris
e
Hóros.
Na China, é
Brahma,
Shiva e
Buda.
Na Pérsia de Zoroastro, era
Ozmud,
Arihman e
Mitra.
Na primitiva Germânia, era
Votam,
Friga e
Dinar.
Os
ORFÍCOS,
na Grécia, apelidavam de
Zeus,
Deméter e
Dionisius.
Na antiga Canaam era
Baal,
Astartè e
Adonis Echemun.
E os CABIRAS, povos de
inconcebível Antiguidade, regiam seus mistérios de forma trinitária, com
Ea
(Pai),
Istar (Mãe) e
Tamuz (Filho).
E por fim vamos chegar à
Umbanda com
IambyY
(Zamby)
Yemanjá e
Orixalá (ou
Oxalá).
Citamos tudo isso, para que possa conceber, com provas comparadas, que as
formas na Umbanda de Crianças,
Caboclos e
Preto-Velhos, obedecem a uma
Lei.
Não é simples imaginação de A ou B.
Segue o mistério do número três, é
a confirmação de uma trilogia religiosa.
Quando à chamada apresentação desses Espíritos, cremos ter ficado paten-te
que o fazem sempre e invariavelmente dentro dessas três roupagens fluídicas
como Orixás,
Guias e grande percentagem dos que chamamos de
Protetores,
porque, parte destes, não necessita dessa adaptação, por já conservarem como
próprias.
Nesta altura, faz-se necessário uma elucidação: sabemos, pelos ensinamen-tos
dos Orixás, que essa Lei, essa
Umbanda, é vivente em outros países, talvez
não definida ainda com este nome, porém, os princípios e regras serão os
mesmos.
Quanto às “Formas” são ou poderão ser as três que simbolizem, nestes
países, os mesmos qualificativos que os nossos, ou sejam os mesmos no
Brasil (Pureza,
Simplicidade e
Humildade).
Agora por suas apresentações nos aparelhos (Médium) devemos compre-ender
como: características tríplices das manifestações chamadas incor-porativas,
que se externam:
Pelas flexões
fisionômicas, vocais e psíquicas. Pelo ponto cantado ou prece. Pelos sinais riscados, ou
Pontos de Pemba.
E essas características, salvo situações especiais, são inalteráveis em
qual-quer aparelhos, cujo Dom real o qualifique como
Inconsciente (totalmente
dirigido) ou
Semi-Inconsciente (parcialmente dirigido).
Então vamos passar a identificar, de um modo geral, os sinais exteriores, os
fluídos atuantes e as tendências principais dos
Orixás,
Guias e
Protetores,
através de suas “máquinas transmissoras” pelas
Vibrações ou
Linhas, em
número de Sete:
Linha ou Vibração de
Orixalá (OXALÁ) |
Estas Entidades usam roupagem de Caboclos.
São as mais perfeitas nas
manifestações.
Não fumam, mesmo no grau de
Protetores,
e não gostam de ser
solicitadas sem um motivo imperioso além das 21 horas.
Suas vibrações
fluídicas começam se fixando pela cabeça, por cima, na altura da glândula
pineal e vai até aos ombros, com uma sensação de friagem pelo rosto, tórax,
e certo nervosismo que se comunica de leve ao Plexo Solar.
A respiração
faz-se quase somente pela narina direita, entrecortada de suspiros longos.
O
movimento que indica o controle na matéria vem com um sacolejo quase que
geral no corpo.
Falam calmo, compassado e se expressam sempre com elevação, conservando a
cabeça do aparelho (Médium),
ora baixa ora semi levantada.
Seus Pontos Cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo,
dificilmente escutados hoje em dia, pois é raro assumirem uma “Chefia
de cabeça” e quase nunca uma função auxiliar efetiva (um dos
Orixás Chefes,
senão o mais antigo, é o
Caboclo Urubatão, o autor, em seu eterno
“peregrinar” em incontáveis
“Terreiros”, teve momentos de verdadeira
“agonia mental” quando era obrigado a cumprimentar
“aparelhos” com
“encosto” de
Exu, dizendo-se, por vaidade ou puro animismo, ser aquela entidade.
Esta
“agonia” era por ver as tremendas falhas da
“representação”, vistas e
sentidas por seus próprios companheiros, que olhavam a “cena” divertidos e
irônicos).
Baixam raras vezes e só o fazem a miúdo, quando encontram a mediu-nidade de um ou outro em excelente estado mental, e moral.
Seus sinais riscados são quase sempre curvos e formam desenhos de grande
beleza: São a Flecha,
Chave e
Raiz.
As entidades apresentam-se invariavelmente calmas, quase não falam,
consultam pouco e não assumem “Chefia
de cabeça”, porém são sempre
auxiliares.
Linha ou Vibração de Yemanjá
(Iemanjá) |
Fazem sentir seus fluídos de ligação pela cabeça, braços e joelhos.
Balançam o corpo do aparelho (Médium) suavemente, levantando os braços em
sentido horizontal, flexionando e tremulando as mãos, arfando um pouco o
tórax, pela elevação respiratória e balançando a cabeça, tomam o controle
do Médium.
Não dão gemidos lancinantes nem fazem corrupios com um copo de
água seguro pelas mãos no alto da cabeça como se estivessem em exibição
circense.
Gostam, isso sim, de trabalhar com água salgada ou de mar, fixando
vibrações, porém serenos sem encenações.
Suas preces cantadas ou “Pontos”
tem o ritmo triste, falam sempre no mar e em
Orixás de sua linha.
Seus
Pontos Riscados são de contornos longos e são a
Flecha, a
Chave e a
Raiz.
Linha ou Vibração de Yori |
Essas entidades, altamente evoluídas, externam pela máquina física,
maneiras e vozes infantis, mas de modo sereno, às vezes apenas um pouco
vivas.
Nunca essas ridicularias, onde certos
“Cavalos”, usando e abusando do
chamado Dom “consciente”, expelem seus subconscientes atulhados de
supertições e vícios de origens, com gritos e “representações fúteis.”
Atiram seus fluídos sacudindo ligeiramente os braços e as pernas e tomam
rapidamente o aparelho pelo mental.
Gostam quando no plano de
Protetores,
de sentar no chão e comer coisas doces, mas sem desmandos.
Dão consultas profundas e são os únicos que adiantam algumas provações que
ainda temos que passar, se insistirmos nisso.
Tornamos a lembrar, isso,
apenas se estiverem em aparelhos (Médiuns) de excelente grau mediúnico.
Suas
preces cantadas falam muito em
Papai e
Mamãe do Céu e em mantos sagrados.
São melodias alegres, umas vezes, tristes, e não esses ritmos estilizados
que é comum ouvirmos.
Seus Pontos Riscados são curtos e bastante cruzados
pela Flecha,
Chave e
Raiz.
Linha ou Vibração de
Xangô |
Essas entidades usam a forma de
Caboclos, e se entrosam no
Corpo Astral de
maneira semibrusca, refletindo-se em arrancos no físico, suas vibrações
atingem logo o consciente do aparelho (Médium), forçando-o do tórax a
cabeça, em movimentos de meia rotação e pela insuflação de suas veias do
pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco, na respiração
ofegante, até normalizarem seu domínio físico.
Emitem não um
urro histérico alucinado que traduzem como
“KAÔ”,
acentuando as sílabas, e sim uma espécie de som silvado, da garganta para os
lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou de um surdo
trovejar.
Não gostam de falar muito.
Seus Pontos Cantados são sérias invocações, de
imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.
Seus Pontos de Pemba ou sinais riscados fixam o mistério da
Flecha,
Chave e
da Raiz.
Linha ou Vibração de
Ogum |
Têm a forma de
Caboclos.
Estas entidades vibram também com força sobre o
Corpo Astral, fixando seus fluídos pelas costas e cabeças, precipitam a
respiração e tomam o controle do físico, quando o alteram para um porte desempenado.
Geralmente dão uma espécie de
“brado” que, num bom aparelho, se
entende bem as duas sílabas da palavra
OGUM, como invocação à
Vibração que
o ordena.
Jamais esses brados podem ser confundidos com certos
“uivos e latidos” que
se escutam em “alguns” lugares, em pessoas que se dizem mediuni-zadas (incorporadas),
com esgar e olhos injetados de vermelho, que indicam bebida alcoólica ou
auto sugestão.
Esses espíritos gostam de andar de um lado para outro e falam
de maneira forte, vibrante e em todas suas atitudes demonstram vivacidade.
Suas preces cantadas ou
Pontos traduzem invocações para a luta da fé,
demandas, etc.
Seus Pontos
Riscados são semicurvos e revelam a força da
Lei de Pemba pela
Flecha,
Chave e
Raiz.
Linha ou Vibração de
Oxossi |
Têm a forma de
Caboclos, os
Orixás,
Guias e
Protetores são suaves em suas
apresentações ou incorporações.
Jogam seus fluídos pelas pernas, com
tremores e ligeiras flexões das mesmas, nesta altura daremos um alerta aos
irmãos de todos os graus que forem aparelhos em função de chefia:é de
proporção assustadora que se observa na maioria dos aparelhos que diz
incorporar caboclos, princi-palmente de
Oxossi, um vício ou uma propensão
oriunda do subconsciente, fortemente influenciado por “conhecimentos externos”, em simularem um aleijão da perna, geralmente a esquerda, como se
todos os espíritos, na forma de
Caboclos, fossem ou tivessem sido
defeituosos da dita perna.
Um
Orixá de luz, um
Guia evoluído, não conserva
em sua
Forma
Astral, essa mazela, que deixou através do resgate purificador
dos erros que geraram aquela encarnação, que ficou apenas como experiência
de uma fase escura de seu passado, talvez que, um ou outro, no grau de
Protetores, por necessidade de seu próprio
KARMA, conserve essa
consequência, mas daí generalizar o hábito, não passa de infantilidade, ou
então, acham que devem conservar uma perna flexionada, conforme a tem a
imagem de São Sebastião, supondo que todos os
Caboclos são seus enviados e obrigados
a manter a mesma postura.
Assim, como vínhamos dizendo, essas entidades fluem suavemente pela cabeça
até a posse total ou parcial.
Falam de maneira serena e seus passes são calmos, assim como seus conselhos
e trabalhos.
Suas preces cantadas traduzem beleza nas imagens e na música:
São
invocações, geralmente tristes, as forças da Espiritualidade e da Natureza.
Os Pontos Riscados são de sinais elegantes, pela
Flecha,
Chave e
Raiz.
Linha ou Vibração de Yorimá |
Essas entidades são verdadeiros magos, senhores da experiência e do
conhecimento em toda espécie de magia.
São os
Orixá-Velhos da
Lei de Umbanda.
São donos dos mistérios da
“Pemba” nos sinais riscados, da
natureza e da Alma Humana.
Têm a forma de
Preto-Velhos e se apresentando humildemente, falando um
pouco embrulhado, mas, sendo necessário, usam a linguagem correta do
aparelho (Médium) ou do consulente.
Geralmente gostam de trabalhar e consultar sentados, fumando cachimbo,
sempre numa ação de fixação e eliminação, através de sua fumaça.
Falam compassados e pensando bem no que dizem.
Raramente assumem Chefia
de cabeça, mas invariavelmente são os
auxili-ares dos outros Guias, ou seja, o
“braço-direito”.
Seus fluídos são
fortes, porque fazem questão de “pegar bem” o aparelho (Médium).
Começam
suas vibrações fluídicas de chegada, sacudindo com certa violência a cabeça.
Cansam muito o corpo físico, pela parte dos rins e membros inferiores, com a
posse do aparelho, conservando-o sempre curvado.
Seus fluídos de presença
vem como uma espécie de choque nervoso sobre a matéria e emitem um
resmungado da garganta aos lábios, quando se consideram firmes na
incorporação.
Os Pontos
Cantados são os mais tristes entre todos e revela
um ritmo
compassado,
dolente,
melancólico, traduzem verdadeiras preces de humildade.
Os Pontos Riscados obedecem a uma série de sinais entrelaçados, as vezes
reto, outros em ângulo.
Temos encontrados neles, semelhantes a certas
letras dos alfabetos primitivos ou templários e dão logo os três sinais
riscados expressivos da
Flecha,
Chave e
Raiz.
Outrossim:
Nas “Formas” de
Pretos e
Preta-Velhas, existem os que se
apresentam, por afinidade, como um
Angola, um
Cambinda, um
Congo, etc., e
costumam até conservar em sua “Forma
Astral”, certa reprodução de
características que identificavam
Chefia,
Função, etc., entre os povos da
raça negra, muito comum entre os que são qualificados como
Protetores.
Estas afinidades também são semelhantes nos espíritos que têm a forma de
Caboclos, comum aos que possuem ainda o evolutivo de
Protetores.
Quanto a “Forma” ser nova ou velha, não altera a essência da coisa, pois no
fundo, é o mesmo.
Essas são, em síntese, a
“milonga” das
Três Formas em suas apresentações na
Umbanda.
Somente os
Sete Orixás principais de cada linha são não incorporantes.
Porém, já o dissemos algumas vezes, excepcionalmente,
conferem suas vibrações diretas sobre UM ou no máximo SETE
aparelhos (Médiuns), quando, dos espaços siderais, eles observam a Lei sendo
chafurdada e confundida na idolatria, como o está sendo nos tempos
presentes.
Certa maioria continua
“reverenciando”
Estátuas a granel, de
Bruxos e
Bruxas
e de supostas representações de
EXU com
Serpentes,
Ferrão,
Cornos,
Capas
Pretas ou
Vermelhas do suposto
DIABO da MITOLOGIA.
Tudo isso, em crescendo assustador e deprimente, pois que, já são existentes
em dezenas e dezenas de “Terreiros”,
sendo cultuados com “comes
e bebes”.
E é então que essas vibrações diretas se fazem ouvir através das vozes dos
pequeninos que se tornam grandes, quando se trata de recompor as
VERDADES PERDIDAS que refletem a própria
LEI DO VERBO.
Obs. Este Capítulo,
pertence a
Portentosa obra Umbanda DE TODOS NÓS,
terceira Edição de 1969,
escrita pelo
Grande Mestre e profundo conhecedor dos MISTÉRIOS de Umbanda,
W. W. da Matta e Silva.
Vejam, caros irmãos, a quantos anos foi escrita esta obra que continua atualizadíssima.
Nós não poderíamos nos furtar de colocar este capítulo,
para discernimento e estudo de nossos irmãos, que tanto anseiam por
conhecimento e luz, esperando ter contribuído um pouco, levando estes
conhecimentos a todos os irmãos.
Se algum irmão, desejar estudar, aconselhamos se for possível as obras de
W.W. da Matta e Silva, que se encontram para vender, assim como de seu
discípulo
F. Rivas Netto, assim como outros.
Agradecemos a leitura destas páginas e esperamos que muitos possam tirar
proveito, pedindo a
OXALÁ, que ilumine todos os nossos passos, derra-mando
sobre nós a sua Luz Divina.
São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como
Índios:
Incas,
Maias,
Astecas e afins.
Foram espíritos de terras recém-formadas e
descobertas, eles formaram sociedades (tribos
e
aldeias), com perfeita
organização estrutural, tudo eram fabricados por eles, desde o cultivo de
alimentos até a moradia.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são
os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos
vindos da terra, além de sua utilização.
Assim como os
Preto-Velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham
“incorporados” a seus
Médiuns na
Umbanda, dando passes e consultas, em busca
de sua elevação espiritual.
São subordinados aos
Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua
personalidade e forma de trabalho, igual aos
Preto-Velhos.
Quando falamos na personalidade de um
Caboclo ou de qualquer outro guia,
estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos.
Falam de forma
rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através
de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles,
representam quase uma “senha” entre eles.
Cumprimentos e despedidas são
feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles
dizem pertencer.
Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros
povos.
Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para
compre-endermos porque alguns falam mais explicados que outros.
Mais ainda
existem as particularidades de cada um, que permitem dife-renciarmos um dos
outros.
A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas:
Curandeiros,
Rezadeiros,
Guerreiros, os que cultivavam a terra (agricul-tores), parteiras, entre
outros.
A segunda é diferença criada pela
“Força da
Natureza” que os rege.
É o
Orixá
para quem eles trabalham.
Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a
“Personalidade” de um
Caboclo se dá pela junção de sua
“Origem”,
“Especialidade” e
“Força da
Natureza” que o rege.
E é nessa “Personalidade” que centramos nossos estudos.
Assim como os
Preto-Velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou
participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá
principalmente com a manipulação.
Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de
remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até
manipulação física, como por rezar “espinhela caída”.
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico
das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer
outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer
reMédios naturais.
Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influ-ência
de
Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente
do Orixá que trabalhe.
São espíritos que também trabalham muito com passe.
Acreditamos ser pela
facilidade de locomoção, já que normalmente traba-lham em pé.
São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conse-guem
acoplar no
Médium em qualquer posição.
Formas Incorporativas
e Especialidade
de Caboclos de Oxum |
Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou
quase simultâneo no coração (interno).
Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como:
depressão,
desa-nimo
entre outras.
Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização.
Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar.
Seus passes quase
sempre são de alívio emocional.
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam.
Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional.
Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
Caboclos de Yemanjá
(Iemanjá) |
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de
Oxum, rodam
muito, chegando a deixar o Médium tonto.
Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza
espiritual, conduzindo essa energia para o mar.
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o
Médium
no chão.
Trabalham para:
emprego;
causas na justiça,
imóvel e
realização
profis-sional.
Dão também muito passe de dispersão.
São diretos para falar.
Assim como os
Preto-Velhos são mais raros, mas geralmente trabalham
aconselhando, mostrando o carma e como ter resignação.
Dão passes onde
levam
Eguns que estão próximos.
Sua incorporação igualmente é contida, pouco
dançam.
São rápidos e deslocam muito o
Médium.
São diretos para falar e rápidos
também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa.
Geralmente trabalham
para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação
com
Xangô.
No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego).
Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energi-zação.
São “compactados” para incorporar e se mantém localizado em um ponto do
terreiro sem deslocar-se muito.
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito.
Trabalham com
banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para
diversas finalidades.
Esses
Caboclos geralmente são
Chefes de linha.
São raros, pois são espíritos dos antigos
“Bruxos” das tribos indígenas.
São
perigosos, por isso só filhos de Omulú de primeira coroa possuem esses
Caboclos.
Sua incorporação parece um
Preto-Velhos, locomovem-se apoiados em
cajados.
Movimentam-se pouco.
Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
Quando se fala em
Preto-Velhos, estamos falando de uma grande linha, ou seja,
uma grande faixa vibratória onde espíritos afins se “encaixam” para
cumprirem sua missão.
Esses espíritos foram ex escravos e negros africanos
que não chegaram a ser escravos.
Constam também dessa linha espíritos que
não foram escravos nem negros africanos, mais que por afinidade escolheram
a Umbanda para cumprirem sua missão.
O termo “Velho”,
“Vovô” e
“Vovó” é para sinalizar sua experiência, pois
quando pensamos em alguém mais velho, como um
Vovô ou uma
Vovó subentendemos
que essa pessoa já tenha vivido muito mais tempo.
Adquirindo assim mais coisas para contar e passar, principalmente essa mesma
pessoa já viveu o suficiente para ter aprendido a ter paciência,
compreensão, menos ansiedade para a vida.
É baseado nesses fatores que as
pessoas mais velhas aconselham.
No mundo espiritual é bastante semelhante.
A grande característica dessa
linha é o conselho.
É devido a esse fator que carinhosamente dissemos que
são os “Psicólogos
da Umbanda”.
Suas vestimentas e apetrechos são bem simples, não necessitam de muitos
artifícios para trabalhar, necessitam apenas contar com a atenção e a
concentração do seu Médium durante a consulta.
Usam cachimbo, lenços,
toalhas e as vezes fumo de rolo e cigarro de palha.
Sua forma de incorporação é compacta, sem dançar ou pular muito.
A Vibração
começa com um “peso” nas costas e uma inclinação de tronco para frente, e os
pés fixados no chão.
Se locomovem apenas quando incorporam para as
saudações necessárias (Atabaque,
Gongá e
Babá) e depois sentam e praticam
sua caridade.
Podemos encontrar alguns que se mantém em pé.
É possível ver
Preto-Velhos dançando, mais esse dançando é sutil, apenas
com movimentos dos ombros ou quando sentados, com as pernas.
Essa simplicidade se expande, tanto na sua maneira de ser e de falar.
Usam
vocabulário simples, sem palavras rebuscadas.
Sua maneira carregada de
falar é para dar ideia de antiguidade.
Além disso os
Preto-Velhos nos
ajudam a enxergar que a prática da cari-dade, é vital para nossa evolução
espiritual.
A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mais como
cada
Médium possui uma coroa diferente, isso determina as diferenças entre
os Preto-Velhos.
Essas diferenças ocorrem porque
Preto-Velhos são trabalhadores de
Orixás e
trazem para sua forma de trabalho a essência daquela força da natureza para
quem eles trabalham.
Essas diferenças são primeiramente evidenciadas na maneira de incor-poração.
Não é só na forma física que devemos observar as diferenças, mais também a
maneira de trabalhar e a especialidade dele.
Para exemplificar, separaremos
abaixo por
Orixás:
São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o
Médium e às vezes com outras pessoas que estão
Cambonando e até consulentes.
São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, às
vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de “choque”, mais
são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu Médium e para as
outras pessoas.
São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, mera dose de coragem
e segurança para aqueles indecisos e “medrosos”.
É fácil pensar nessa
característica pois
Ogum é um
Orixá considerado corajoso.
São mais lentos na forma de incorporar e até falar.
Passam para o
Médium uma
serenidade inconfundível.
Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma
verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade
não é “chocar” e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que
está sendo falado.
São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um
Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior.
Às vezes
é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mais é necessário para a
evolução daquela pessoa.
São raros de ver, contudo devemos também conhecê-los.
Sua incorporação é
rápida como as de Ogum.
Assim como os
Caboclos de Xangô, trabalham para
causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e
realizações profissionais.
Passam seriedade em cada palavra dita.
Cobram
bastante de seus
Médiuns e
consulentes.
São rápidos na sua forma de incorporar e falar.
Assim como os de
Ogum, não
possuem também muita paciência para com as pessoas.
Essa rapidez é
facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma
força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata,
devido a diversidade que existe dentro desse único
Orixá.
Esses
Preto-Velhos retribuem ao
Médium principalmente a defesa, são rápidos
na ajuda.
Se cobram a honestidade do seu
Médium no momento da consulta, não
admitem que desconfiem dele (Médium).
Mesmo assim eles também possuem uma
especialidade.
Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança
rápida de pensamento para a pessoa.
São especialistas também em ensinar
diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até
espiritual.
Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego.
É limpar o
Ambiente, o
Consulente e
demais Médiuns do
Terreiro, de
Eguns ou espíritos
de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a
partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.
São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas.
Esses
Preto-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo.
Possuem uma
especialidade |
A de receitar reMédios naturais, para o corpo e a
alma, assim como emplastos, banhos e compressas, defumadores, chás, etc.
São verdadeiros químicos em seus tocos.
Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior
“químico”
- Oxossi.
São raros, assim como os filhos desse
Orixá.
Sua maneira de incorporação é
de forma mais envelhecida ainda.
Lenta e muito pesada.
Enfatizando ainda
mais a idade avançada.
Falam rígido, com seriedade profunda.
Não brincam nas suas consultas e
prezam sempre o respeito, tanto do
Médium quanto do
Consulente, e pessoas a
volta como:
Cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do
Pai
ou da
Mãe de Santo.
Cobram muito do seu
Médium, não admitem roupas curtas ou transpa-rentes,
mesmo para Médiuns homens.
Seu julgamento é severo.
Não admite injustiça
com seu
Médium.
Costumam se afastar dos
Médiuns que consideram de
“moral
fraca”.
Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral.
Podem optar por ficar
numa casa, se seu
Médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e
honrada.
É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há
discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da
consulta.
São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso
carma, pois isso sem dúvida é a sua função.
Atuam também como os de
Iansã e
Omulú, conduzindo
Eguns.
São simples em sua forma de incorporar e falar.
Exigem muito de seus
Médiuns, tanto na postura quanto na moral.
Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo
que para isso ganhem a antipatia dos outros.
Agarram-se a seus “filhos” com total dedicação e carinho, não deixando no
entanto de cobrar e corrigir também.
Pois entendem que a correção é uma
forma de amar.
Devido a elevação e a antiguidade do
Orixá para o qual eles trabalham,
acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferen-ciados
dos demais
Preto-Velhos.
Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam
deles exatamente com a precisão do momento.
Como trabalha para
Obaluaê, e este é o
“dono das almas”, esses
Preto-Velhos
são geralmente
Chefes de linha e assim explica-se a facilidade para
trabalhar para vários assuntos.
Sua “visão” é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes
de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes.
Tanto pessoal
como profissional e até espiritual.
Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos
não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a
passo de tudo que lhe for pedido, apenas confiando nesses
Preto-Velhos.
Quando o filho não faz isso, costumam tirar o que já lhe deu, para que o
mesmo repense a importância desse
Preto-Velho em sua vida.
Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o
Médium e as
pessoas a volta.
Não trabalham para saúde (essa função é do Erê de Obaluaê).
Salvo se essa
doença for proveniente de “trabalhos feitos -
macumba”.
Preto-Velhos de Yemanjá
(Iemanjá) |
São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simpli-cidade.
Sua fala é doce e meiga.
Possuem a paciência das mães e a compreensão também.
Cobram pouco de seus
Médiuns, apenas que eles cumpram a caridade sempre por amor nunca por
obrigação.
Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e
familiares.
Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e
especi-almente para as pessoas que desejam engravidar.
Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e
passes.
Cobram dos seus
Médiuns que lutem para ter um casamento feliz e sólido, pois
para eles só assim poderão ajudar a outras pessoas nesse sentido, já que seu
Médium já vive essa realidade.
São bastante lentos na forma de incorporar e tornam-se belos principal-mente
pela simplicidade contida em seus gestos.
Raramente dão consulta, sua maior
especialidade é o passe de energização.
Cobram também bastante de seus
Médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade,
assiduidade no terreiro e vaidade.
São espíritos de vaqueiros, posseiros, capatazes, cangaceiros e espíritos
afins.
Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incor-porados
na Umbanda,
Quimbanda e
Candomblé.
Fazem parte da
Linha de Caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas
funções.
Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a
modernidade do que os
Caboclos, que foram povos primitivos.
Esses espíritos
já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro,
das armas de fogo e com a prática da magia na terra.
Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito
para diferenciarmos dos
Caboclos.
São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmo-niosos.
Sua maior finalidade não é a consulta como os
Preto-Velhos, nem os passes e
muito menos as receitas de reMédios como os
Caboclos, e sim o
“dispersar de
energia” aderida a corpos, paredes e objetos.
É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se
preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha “sempre”
atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espí-ritos).
Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a
espíritos que entraram no local a se retirar, assim “limpam” o ambiente para
que a prática da caridade continue sem alterações, já que a presença desses
espíritos muitas vezes interferem nas consultas de
Mé-diuns conscientes.
Esses espíritos atendem a boiadeiros pela demonstração de coragem que os
mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de dou-trina.
Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro
de um terreiro, sejam elas Médiuns da casa ou consulentes.
Costumam proteger demais seus
Médiuns nas situações perigosas.
São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um
Médium que ele
goste.
“Gostar” para um boiadeiro, é ver no seu
Médium coragem,
lealdade e
honestidade, aí sim é considerado por ele
“filho”.
Pois ser filho de
boiadeiro não é só tê-lo na coroa.
Trabalham também para
Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finali-dade de
trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja,
a energia emanada pelo
Orixá para quem trabalha é apenas um critério
interno e obrigatório dentro do próprio “Ori” pois na verdade todos são
braços de Omulú.
Exemplificando essa
ideia |
Um boiadeiro que trabalhe para
Ogum é
praticamente igual a um que trabalhe para
Oxossi, apenas cumprem ordens de
Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.
Dentro dessa linha a diversidade encontram-se na idade dos
boiadeiros.
Existem
Boiadeiros mais velhos,
outros mais novos, e costumam dizer que
pertencem a locais diferentes, como regiões por exemplo:
Nordeste,
Sul,
Centro-Oeste, etc.
São espíritos que já encarnaram na terra.
Na sua maioria, tiveram vida
difícil como
Mulheres da Vida,
Boêmios,
Dan-çarinas de Cabaré, etc.
Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da
prática de caridade, incorporando nos Terreiros de Umbanda.
São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são descon-fiados,
mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados.
Estes espíritos, assim como os
Preto-Velhos, e
Crianças, são servidores dos
Orixás.
Não se deve confundir
os
Exus da Umbanda com Exu
da Nação (Can-domblé), pois
são diferentes.
Apesar das imagens de
Exus, fazerem referência ao
“Diabo” medieval (herança
do Sincretismo religioso),
eles não devem ser associados a prática do
“Mal”,
pois como são servidores dos
Orixás, todos tem funções específicas e seguem
as ordens de seus “patrões”.
Dentre várias, duas das principais funções dos
Exus são: A abertura dos caminhos e a
proteção de Terreiros e Médiuns
contra espíritos pertur-badores durante a gira ou obrigações.
Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a
“gira de Exus”
dando Consultas, onde resolvem
problemas de emprego,
pessoal,
demanda e etc.
de seus
consulentes.
Mas também durante as outras giras (Caboclos,
Preto-Velhos,
Crianças e
Orixás), protegendo o
Terreiro
e os
Médiuns, para
que a caridade possa ser praticada.
Os
Exus estão divididos em 3 grandes linhas:
Cemitério,
Encruzilhada e
Estrada.
É formada por
Exus sérios, em sua maioria servidores de
Omulú (Rei do
Cemitério).
Não costumam dar consulta, se apresentam principalmente em
grandes obrigações, trabalhos e descarregos.
Ex:
Senhor João Caveira,
Dona Maria
Quitéria,
Dona Rosa Caveira,
Senhor 7 Catacumbas,
Senhor 7 Facas, etc.
Esta linha é formada por
Exus que servem a
Orixás diversos.
Não são
brincalhões como os
Exus da Estrada, mas também não são tão fechados como os
do
Cemitério.
Gostam de dar consulta e também de participar em obrigações e descarregos.
Alguns deles se aproximam muito (em suas características) da
Linha do Cemitério, são os que chamamos de
“Encruza pesada”, enquanto outros
se aproximam mais da
Linha da Estrada,
“Encruza leve”.
Ex:
Senhor Tranca Ruas,
Senhor Veludo,
Dono das 7 Encruzilhadas,
Senhor 7 Encruzilhadas,
Dona
Maria Mulambo,
D. Maceió, etc.
São os mais
“brincalhões”.
Suas consultas são sempre recheadas de boas
gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia
incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas “brincadeiras”
devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente.
São os guias que mais dão
consultas em uma gira de
Exu, se movimentam muito e também falam bastante,
alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo.
Nesta linha
trabalham vários espíritos, desde os
Exus da Estrada propria-mente dita,
como também os Ciganos e a
Malandragem.
Também se encaixam nesta linha
alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de
evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como
Exus
(Exu Mangueira,
Exu do Tempo, etc.).
Ex:
Dona Maria Padilha,
Senhor Zé Pelintra,
Dona Rosa Vermelha,
Senhor Tiriri,
Dona
Cigana/Ciganinha, etc.
São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por
continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade,
incor-porando em Médiuns nos
Terreiros de
Umbanda.
Em sua maioria, foram
espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena),
por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de
criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores dos
Orixás, elas também têm funções bem
específicas, e a principal delas é a de
Mensageiro dos Orixás.
Quando incorporadas em um
Médium, gostam de brincar, correr e fazer
brincadeiras (arte) como qualquer criança.
É necessário muita concentração
do
Médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na
mensagem a ser transmitida.
É comum em uma gira de criança, ver um
Médium
“cambaleando” antes de incorporar inteiramente, isso se dá devido a
“disputa” que estes espíritos travam para ver quem incorpora primeiro, bem
típico desta linha.
Os “meninos”
são em sua
maioria mais bagunceiros, enquanto que as
“me-ninas”
são
mais quietas e calminhas.
Alguns deles incorporam pulando e gritando,
outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc.
Estas
características, que as vezes nos passam desapercebido, são sempre formas
que eles tem de exercer uma função específica, como a de descarregar o
Médium, o
Terreiro ou
alguém da assistência.
Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente é atendido de
maneira bastante rápida.
Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes
prometidos também é.
Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê
assim que seu pedido for atendido, pois a “brincadeira” (cobrança) que ela
fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão “engraçada” assim.
Comandos e Representações
das
Linhas de Umbanda |
Por serem um conjunto de vibrações que atuam sobre todos os seres
encarnados, as
Linhas de Umbanda têm
Comandos definidos e
Represen-tantes
junto às outras linhas, para evitar entre choques e harmonizar melhor as
frequências, sendo o seu principal escopo o bem estar do ser encarnado.
Ditos Representantes, comparam-se à
Diplomatas com suas imunidades, e ascendência direta sobre os seus afins.
A seguir damos a relação dos
Comandos e Representantes entre as 7 Linhas da Umbanda.
Caboclo Urubatão da Guia -
Comando da Linha de Oxalá Caboclo Tupi -
Representante de Oxalá na Linha das Almas Caboclo Guarani -
Representante de Oxalá na Linha de
Oxossi Caboclo Aymoré -
Representante de Oxalá na Linha de Ogum Caboclo Guaracy -
Representante de Oxalá na Linha de Xangô Caboclo Ubiratã -
Representante de Oxalá na Linha de Ibeji Caboclo Ubirajara - Representante de Oxalá na Linha de Senhoras
Cabocla Jandira -
Comando da Linha das Senhoras Cabocla Janaina -
Representante das Senhoras na Linha das Almas Cabocla Jupissiara -
Representante das Senhoras na Linha de
Oxossi Cabocla Jupiara -
Representante das Senhoras na Linha de Ogum Cabocla Jussara -
Representante das Senhoras na Linha de Xangô Cabocla Jacira -
Representante das Senhoras na Linha de Ibeji Cabocla Jupira -
Representante das Senhoras na Linha de Oxalá
Doum -
Comando da Linha de Ibeji
Yarirí -
Representante de Ibeji na Linha das Almas Crispiniano -
Representante de Ibeji na Linha de
Oxossi Crispim -
Representante de Ibeji na Linha de Ogum Orí -
Representante de Ibeji na Linha de Xangô Damião -
Representante de Ibeji na Linha das Senhoras Cosme -
Representante de Ibeji na Linha de Oxalá
Xangô Kaô -
Comando da Linha de Xangô
Xangô Abomi -
Representante de Xangô na Linha das Almas
Xangô Aganjú -
Representante de Xangô na Linha das Almas
Xangô Alafim -
Representante de Xangô na Linha de Ogum
Xangô Agojo -
Representante de Xangô na Linha de Ibeji
Xangô Alufam -
Representante de Xangô na Linha das Senhoras
Xangô Agodô -
Representante de Xangô na Linha de Oxalá
Ogum Guerreiro -
Comando da Linha de Ogum
Ogum Megê -
Representante de Ogum na Linha das Almas
Ogum Rompe Mato -
Representante de Ogum na Linha de
Oxossi Ogum de Nagô -
Representante de Ogum na Linha de Xangô
Ogum Dilê -
Representante de Ogum na Linha de Ibeji
Ogum Beira Mar -
Representante de Ogum na Linha das Senhoras
Ogum de Malê -
Representante de Ogum na Linha de Oxalá
Caboclo Pena Verde -
Comando da Linha de
Oxossi Caboclo Arruda -
Representante de
Oxossi na Linha das Almas
Caboclo Araribóia -
Representante de
Oxossi na Linha de Ogum
Caboclo Cobra Coral -
Representante de
Oxossi na Linha de Xangô
Caboclo Guiné -
Representante de
Oxossi na Linha de Ibeji
Cabocla Jurema -
Representante de
Oxossi na Linha das Senhoras
Caboclo Pena Branca -
Representante de
Oxossi na Linha de Oxalá
Vovó Maria Conga -
Comando da Linha das Almas
Vovó Arruda -
Representante das Almas na Linha de
Oxossi Pai Benedito -
Representante das Almas na Linha de Ogum
Pai Tomé -
Representante das Almas na Linha de Xangô
Pai Joaquim -
Representante das Almas na Linha de Ibeji
Rei Congo -
Representante das Almas na Linha das Senhoras
Pai Guiné -
Representante das Almas na Linha de Oxalá
A linha de
Exus, é outra linha independente, assim como
Ibeji, engloba-se no
plano número 1 da Umbanda, através do qual tem se acesso aos planos
positivos, por mérito e evolução, conseguidos através do trabalho de sapa.
Exú é a
Polícia de Choque
da Umbanda, é quem cobra na hora e também é quem
tem maior ligação com os seres encarnados.
Existem Três Tipos de Exu, à
saber: |
É aquele que
não sabe distinguir o
Bem do
Mal, trabalha para quem pagar
mais.
Não é confiável, pois se pego,
é castigado pelas
Falanges do Bem,
então volta-se contra quem o mandou.
É todo aquele que
já conhece o
Bem e o
Mal, praticando os dois conscien-temente, são os
Capangueiros ou
Empregados das
Entidades, à cujo
serviço evoluem na prática do bem, porém conservando suas forças de
cobrança.
É aquele que após grande evolução como
Empregado das Entidades do
Bem,
recebem por mérito, a permissão de se apresentarem como Elementos das Linhas
Positivas,
Caboclos,
Preto-Velhos,
Crianças,
Oguns,
Xangôs e até como
Senhoras.
Elemento e força da
Natureza |
Fogo Dia da Semana: segunda-feira
Chakra atuante:
básico ou sacro
Planeta regente:
Saturno
e
Plutão
Nota musical:
Dó
Vermelho (totalmente), variando a tonalidade de acordo com
sua evolução.
Vermelho e
preto,
branco e
preto,
preto e
amarelo (vide
nota especial no final do capítulo *).
Vermelho e
preto,
branco e
preto,
preto e
amarelo, como
acima.
Aruê-Exu,
Arô-Exu ou
Laroiê-Exu.
Quiumbas.
Carne de porco ou
de boi crua,
cabrito,
galinha preta,
farofa com
azeite de dendê,
pimenta da costa,
pipoca sem sal e
sem açúcar,
banana
d'água.
Cachaça para os machos
e
champanhe ou anis para as
fêmeas.
Encruzilhadas,
Cemitérios,
Praias,
Lodo,
Pedreiras, etc.
Encruzilhadas abertas:
Para todos Exus (indistintamente).
Encruzilhadas fechadas:
Para todos os Exus (indistintamente).
Porteira de Curral:
Exu das Sete Porteiras.
Encruzilhadas Mistas: Exus mirins, etc.
Encruzilhadas em
“S” ou
curvas:
Exu Tira-teima.
Encruzilhadas em pé de galinha:
Dona Pomba-gira.
Encruzilhadas de estrada de ferro:
Dona Maria Padilha.
Encruzilhadas de caminho do mato:
Dona Maria Molambo.
Nas curvas em S nunca se caminha pelo lado do ângulo da curva.
Nunca se deve
atravessar as encruzilhadas em diagonal, principalmente as de dentro do
Cemitério.
Ao utilizar-se uma porteira de curral, entra-se pelo lado direito
e sai-se pelo esquerdo.
Da
cor representativa e dos colares (Guias) |
Vermelho e
preto:
Para todos os
EXUS
de Encruzilhadas.
Preto e branco: Para todos
EXUS com Chefia,
independente do local a que pertença.
Preto e amarelo: Exclusivas para os
EXUS da Calunga Pequena (Cemitério).
Fim
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