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A CRIANÇA REPRIMIDA! Deslizei a mente na memória rompendo vínculos, viajando na sombra da consciência sem nódoas de redentores ideais. Era preciso recordar um pomar silencioso e transparente, ouvir a voz ecoar grave e pura e um simples aceno para um sorriso brotar... Viajei sentindo a brisa fresca roçar minha face ardente. Almejei dissolução irreversível, mas, a vastidão monótona impeliu o meu desbravar... Suspirei alucinada e pelo som ofegante já não me senti envergonhada, de cada ato e cada instante. E sem medo de ser dominada, entreguei-me finalmente... Então, me vi no espelho de um rio, observei a cigarra emudecida, o falcão sem asas, a corça de patas feridas, e me enxerguei... A criança reprimida! RJ - Maio/2009 (peça encerrada)   Arte e formatação: Jô Abreu Fundo Musical: Nostalgia - Richard Clayderman |