Eu fui aquele que acreditou nas artimanhas arquitetadas e ardilosamente apresentadas nas diversas situações de uma vida em comum. O peso do resultado do que vivi fez por uma questão lógica sentir-me um artista em espetáculo circense, daqueles bem espampanantes. E o que torna o assunto mais discrepante, foi que eu acreditei nas dissimulações, só depois, foi que acabei por enxergar os refolhos com os próprios olhos nus. Como resultado de um bem maior não guardo qualquer tipo de aversão mas lamento sim, que ainda existam pessoas que não conseguem sentir a verdadeira beleza da vida quando reina o amor. Mas o que fazer, se o que se passou não pode ser corrigido se não carpir magoados males ainda residentes no coração de quem se entregou?
Wilson de Oliveira Carvalho |