Pipas soltas a voar
brancas, pretas, vermelhas, amarelas
todo o céu a enfeitar
esquecendo as querelas
Cada qual no seu espaço
com o vento a balançar
no seu sublime compasso
pro infinito alcançar
Vem então a miserável
com a linha de cerol
cortando o trajeto provável
achando-se parte da escol
Pipas são derrubadas
do céu esvai-se a cor
caem arrebentadas
é a imagem da dor
Assim é o ser humano
que não recebe educação
torna este mundo insano
maltratando o coração
Quero pipas coloridas
no céu saracotear
brincadeiras permitidas
que valham-me poetar.
Sônia Maria J. Sogawa Contagem - MG - 17/04/2014
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