O versejar da insônia


Meu amor,
Madrugada alta, silêncio e eu aqui...
Insônia, pensamentos dispersos, desorganizados
Cabeça em sonhos, coração ferido pela dor
Brinco com palavras, faço versos de amor
Saído de um grito profundo, engasgado e mudo
Da escuridão dos meus medos, sem graça e sem som
Sem a metrificação, sem compromisso com rimas
Mas suprindo por completo a carência de minha alma
Numa inspiração divina que me anima a versejar
São versos que nascem e explodem em meu peito
Traído pelas dores de um amor que se foi e me deixou
Mas que habita em mim e para sempre me marcou.
E, então brinco com as palavras suprindo a carência do amor.


Rose Sadalla
Rio de Janeiro - RJ - 02/02/2003


 

 
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