Veem aqueles arcos,
grandes, largos?
Por trás deles
é que me encontro.
Imensos quartos
e poucos sonhos.
A tez é a mesma
que viram sob o luar,
o meu riso,
talvez tenha partido,
pois não é o que ouvem ecoar..
Não saio às ruas,
mesmo que a poesia
galope solta, absolutamente nua,
querendo alguém para rimar..
Não me chego à varanda,
vejo tudo de cima
como quem alegre, dança.
Fujo do fingimento, das palavras
ditas sem que as pesem,
matando a sensível alegria.
Não quero saber do tal sentimento,
sou agora a que, lá dentro, escreve,
a que tenta o
voo
e em vão não consegue!
Tenta chegar à lira
mas ela não quer!
Até parece que tem que machucar!
Se preciso for, não quero,
não falo mais de amor!
rivkahcohen