Perdoem o dorso exposto,
meus pés exaustos,
mas de tanto marchar, andar,
de fazer algo que preste,
pendeu meu pescoço
e na imensidão desse espaço,
não vi nenhum momento
que desse pra voar!
Foram tantos rodopios,
tantas entregas vazias,
calor,
refração,
mormaço..
Como
receber o sol no peito
quando a vontade é de vergar?!
Como
querer voltar primeiro,
se a notícia tem que se adequar?!
Como olhar sem ser de esgueiro,
se a vontade é de chorar?!
Como manter o espírito refeito,
se mal tem o que juntar?!
Como manter o branco perfeito,
se temos que nos enveredar?!
Cabelo
desgrenhado..
Roupa amassada..
Pintura borrada..
Pés em farrapo..