Sangue doce


Escuso no caminho, agora atento
Entre muitas árvores e seus galhos
Caminhando entre o ermo, lúgubre atalhos
Tendo esta minha sede por meu alento

No meio às sombras e o céu enluarado
Eu vagueio só, como alma solitária
Um vampiro da noite, escura e pária
Fico voando sem rumo, tresloucado

Eu procuro seu sangue doce e quente
Eu voraz deste seu amor indecente
Dama da noite, majestade linda

Presa fácil, a felina domada
Busco em você, uma fera danada
Quero saciar esta sede faminta


Renate Emanuele
São Paulo - SP



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