Das coisas que eu sei?
É o sorriso de minha mãe que ilumina as manhãs.
Meu primo Paulo, pastoreia estrelas...
Meu vô João semeia a dignidade
que ainda mantém a vida.
Paulinho, primo/amigo/irmão,
que partiu há quinze dias,
tornará o mundo mais sereno.
Minha avó Maria deve ser uma
“atormentadora” de anjos:
Lavem as mãos e o rosto,
Penteiem os cabelos,
Escovem os dentes...
(o céu ta limpinho e ordenado!).
E meu pai, cuida do bem falar:
gíria, nem pensar!
Vó Nênê
(assim mesmo, com dois acentos)
é o colo generoso que acolhe
quem chega cansado.
Tio Jorjão apascenta as crianças.
Lambão Neme,
meu ciumento cãozinho,
tornou o Onipotente sua propriedade exclusiva,
como fez comigo.
(E Deus se alegra tanto com isso...)
Das coisas que sei?
Hoje é dia de celebrar a VIDA.
Aquela que não admite a morte em que vivemos.
Hoje,
plantarei árvores.
Quero verdejante a estrada que me retornará à casa.
Lá, onde eles e eu nos sentaremos à beira de um fogão à lenha e,
entre um café e um pão de queijo,
“jogaremos conversa fora”.
Patrícia Neme
02/11/2009 - 11:25 hs
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