A doce poesia é semelhante a rosa, Sendo tão doce, suave e perfumada Também apresenta espinhos, garras De defesa que agem a toda prova, Mesmo no seu jeito de dengosa, A rosa tem peculiaridades reveladas. Assim posso dizer, a poesia narra A doçura e a dor que se renovam Alternando-se: o poeta que em prosa Ou em verso tem a alma proclamada, O seu espírito, no inesperado esbarra E vai poetando, extrapolando as normas. Poesia doce, que o amargo comporta, A sua essência e nas voltas dadas Vai se alegrando como se em uma farra Estivesse no êxtase traçado sua forma. Às vezes na dor se contorce charmosa, Mesmo que o amor deixe um recado Ao mundo chorando e dando risadas, Porque ele é ambivalente, vai e retorna. Ninita Lucena Natal - RN |