Quando se fala em Lei-do-Pai, Nos reportamos à Lacan, No seu retorno a Freud... Que no Complexo de Édipo Na evidência do incesto Criou uma Lei para barrar O incesto e seu indevido lugar. Lei que Lacan denominou Com muita propriedade O Nome-do-Pai tendo a ver Com outras Leis que brotarão E valores sociais normatizarão. A ordem ou a desordem está lá Na fase que deveria solidificar A estrutura desse sujeito... Cada um com o seu jeito Vai esse momento atravessar, E na adolescência, reeditar Tudo o que ficou no passado Com uma série de "nos" dados Precisando alguém para ajudar Desse labirinto, o adolescente sair Sabendo para onde se dirigir. A função paterna é relacionada, A simbolização e a criatividade, A cultura e a sociabilidade Desse sujeito em passagem No mundo... Essa é a essência Das formas de convivência. Se esta Lei sofreu “esgarçamento”, Fragilizando a função paterna Veremos fracassado, na certa, O equilíbrio e a complexidade Se instalará no frágil verdade. Tudo isso é grande paradoxo Que convivemos bem próximo, Nessa pós-modernidade Com valores incongruentes Que ninguém sabe o que sente Nem o que vai acontecer No advir onde prevalece o TER Em detrimento ao nobre SER. Ninita Lucena Natal - RN
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