Há passagens na vida da gente que fica parecendo
um enigma.
Não identificado, sem solução aparente ...
Não sabemos
como foi que aconteceu, o quê ocorreu,
como foi que nos
distanciamos ....e por aí vai ...
Haverá possibilidade de resgatar ou concluir o
inacabado, "o quase"?
Não é um imponderável
nem um jogo da Vida.
É um fato, de fato, inacabado
que nos faz estremecer ou refletir ...
É sentimento de falha, de derrota
que nos tira do sério.
Há persistência ou frustrações.
Barreiras não rompidas,
oprimidas e opressoras
que nos obrigam ou ensinam a reagir,
a revolver, a remexer, a enfrentar
ou, para alguns, a desistir ...
O Quase, fica no meio-termo
quase morno, nem lá, nem cá.
Nunca é linha de chegada, maltratada,
pisada pelo pé do vencedor ...
O Quase, vai aquém do seu limite,
independe do querer, do ir à luta, do amar.
Não foi vencido mas sim interrompido
até por uma pequenina e sentida lágrima
que quase desistiu de rolar ...
O Quase me levou você
e me arrebatou dos seus braços
Porque com o Quase não há apelação,
somente uma conclusão:
fica sempre na interrogação ...
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 27/04/2005 -
2:45 hs (PM)
Fundo Musical: Abismo
de rosas
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