Hoje, "bati" de frente contigo
e não me deixei abalar,
como água que corre sem alardear ...
Esperava alguma atitude parecida,
mas não a indiferença ao te olhar, o não Amar!
Noutros tempos, a ansiedade,
mestra dos apaixonados,
fazia disparar forte e desordenado o coração.
A saudade e a tristeza viviam grudadas,
me pegavam de jeito,
atormentando-me deveras.
A distância insuportável, controlava nossa separação ...
Hoje, sequestrada desse mal,
serena, bem disposta,
não mais torturada por
possíveis assombrações,
pude observar muitos
e diferentes detalhes
que me passaram despercebidos,
que não se davam a conhecer ...
Como foi possível,
um amor tão belo e terno,
apenas nisso se resumir:
lembranças e recordações,
tão poucas,
para o encantamento havido,
se exprimir ...
Estou liberta! Estou aliviada, sorrio prazerosa para a Vida!
Como na ultrapassagem de um negro pesadelo
ou avalanche de ilusões.
Noto surpresa em teus olhos, hoje turvos ...
Encontro-me inteira!
Sem palpitações enervantes
do coração,
posso afirmar,
sem receio algum de errar:
Será que foi amor? Não creio!
Apenas desejo
e uma enorme
vontade de acertar ...
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 24/09/2006
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