HÁ MIL ANOS PROCURO... Nídia Vargas Potsch Carrego o fardo do meu cansaço há mil anos. Há mil anos procuro, não encontro rumo certo. A estrada é longa e o caminho incerto, sufoco a cada curva, a cada atalho, onde me encontro... Uma nova procura, nada vejo, fico descrente, com a dor do meu caminhar, pesado. A solidão me faz companhia, deixei-a ficar. É melhor que nada, é minha sina! Sigo em frente... Este vazio estrangula-me a garganta, solto um grito de ajuda... de dor... Quero Paz! Preciso coragem para prosseguir caminhando, encontrar o que procuro, nada mais... Aquilo que não sei se perdi, a busca por mim mesma. Trôpega, de pés descalços, para sentir o apelo da terra, Mãe Natureza, prossigo na busca infinda. Tento expulsar a solidão das minhas entranhas, porque ela habita em mim... porque ela Sou Eu... Travestida de mulher em sonhos e pesadelos Tento me encontrar e vagarei pela vida afora tentando... Com minha solidão de mil anos, há mil anos sós... Mas se o sol voltar a brilhar amanhã, a despeito de tudo acontecer, cantarei sorrindo o novo amanhecer... * * * @Mensageir@ Rio, 07/2001 O bs. Este foi o segundo poema que mandei pro mundo... rs. NVP. Fundo Musical: Memory - Emile Pandolfi |