Por mais que me entristeça, amanhece.
Desagrada-me agora um novo dia
Ensaiando romper claro e sereno.
A sós, torturada, declamo uma prece...
Encontrar a mim mesma aos solavancos,
Acordar meus fantasmas e exorcizá-los.
Fecho a janela aos trancos e barrancos
Permito à escuridão alinhavá-los ...
Quem sabe a quietude se enternece
Com a madrugada que em mim fenece,
Acordando a lucidez, o esquecer
O sonho em mágoas se desvanecendo.
Meu pranto hei de chorar, permanecendo...
Não mais irei chorar... até morrer...
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 13/03/2004
Fundo Musical: Abismo de rosas
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