DELÍRIO POÉTICO!
O POEMA QUE NÃO ME COUBE...
Nídia Vargas Potsch
Ousei versejar!
Certo dia de verão
senti-me nascer poeta.
Coloquei em palavras
o que me ditava o coração.
Fui audaciosa no meu pensar,
pretendi saber rimar,
estimular quem me lia...
Aprendi que não bastavam
alma guerreira, humilde,
destemida, questionadora,
com sentimentos e emoções
alinhavados e alinhados no papel.
Era preciso muito mais!
Foi-me concedida
a capacidade de maravilhar-me
com tudo e com todos.
O expressar-me
ficou incompleto,
insatisfeito,
falta-lhe algumas imagens, talvez...
O poema que me engasga a vida,
do qual nos orgulhamos,
não nasceu.
Insiste em criar-se mas não persiste
porque não me coube...
Afinal, o que sei eu de POESIAS...?
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio, 1/07/2007
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Fundo Musical: Pour Elise - Altamiro Carrilho
Grata Anna Paes
pelo lindo papel e midi.
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