Das rosas que me deste...
Nídia Vargas Potsch
Só restaram pétalas amarelecidas
guardadas dentro do antigo missal
que escorregam todas as vezes em que
minhas preces se fazem necessárias...
O cabelo embranquecendo de saudade
o relógio marcando o tempo da ausência,
Chuvinha fina esfriando a alma, o coração
Cruel distância criando muro de concreto...
Onde nossa música foi parar, faz tempo?
Por que as flores murcharam sem palavras,
Morreram na poesia inacabada do teu abraço,
No gélido e único sabor do teu último beijo...?
Como não pensar que tudo seria diferente
Se entre nós a cumplicidade dominasse
Este amor paixão que veio e foi embora
Em artimanha preparada por sina ingrata...?
@Mensageir@
Rio, 16/03/2011
Carinhosamente, Nídia.
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