Canto de ilusão...


Se eu subir
no muro da esquina
e patinar na vida,
virar a página da ilusão,
para comer do algodão doce
e deixar a ladeira da solidão
que não quer se fechar para mim,
revoltada, alerta ou camuflada, diria estar?
Meu canto de sereia
será um brado
de notas desiguais,
desafinadas e agudas
tocando o chão,
que a cada pingo
estremece e balança,
com ruído seco de despedida,
ao cair de lágrimas tão amargas...

Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 20/08/2005




Fundo Musical: As Time Goes By - Ernesto Cortázar
 

 
Anterior Próxima Poetas Menu Principal