Ah! Mais uma noite chegando ...
A cidade desperta.Toda iluminada está.
Uns do trabalho voltando,
Outros indo para lá.
Ah ! Suas luzes pipocando a cada instante ...
Neons brilhando, vidas fervilhando.
Ternamente iluminada pelo abajourt da cabeceira,
que atiça o meu pensar, escrevo observando.
Ah! Pequeninas estrelas meninas ...
Que rapidamente piscam em becos sem fim,
cintilam em vielas e ruas iluminadas
como se fora só pra mim ...
Ah! Cidade fervescente de gente ...
Que sob a luz elétrica ou do candeeiro,
com velas ou um bom fogo milenar,
de fogueira ao relento ou de lareira,
constrói seu mundo particular ...
Ah! Ser humano complexo
que sem luz não quer existir ...
Luzes o cercam a todo instante
mexendo com a existência de cada um,
criando novas possibilidades,
um emaranhado de dúvidas e indagações,
e talvez soluções a descobrir ...
Ah! E onde fica a tal "Luz da Alma"?
Além da imaginação, suponho eu ...
A esperar o badalar do sino da igrejinha
que anuncia cada renascer da Luz-Maior,
a luz do nosso Astro-Rei, do qual
somos parte integrante, com certeza!
Ah! Este Sol ardente a abrasador
que, desolado, ama a Lua-Feiticeira,
de luz serena e prateada, muito muito amada ...
Mas em troca nos doa seu exemplo ímpar de energia:
iluminar a todos nós sem distinção, sem esmorecer!
Ah! Luzes ... eternas luzes do nosso viver ...
Nídia Vargas Potsch
@Mensageir@
Rio de Janeiro - RJ - 02/02/2004
Fundo Musical: Luzes da Ribalta (Charles Chaplin) - Gheorghe Zamfir
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