Seu alvorecer é
encantado,
Como os contos de fadas que ouve.
È princesa enfeitada, com laços, rendas e cores.
Seus brinquedos ganham vida, a família é de bonecas.
Seu quarto vira casinha, com panelinhas e avental.
Inicia a beleza desse instinto maternal.
E vai crescendo
a princesa, dá entrada às lições,
Do caprichado uniforme aos cadernos desenhados.
Cabelos bem penteados, estrelinhas de incentivo,
Agora além das filhinhas, tem também as coleguinhas.
É hora de brincadeiras, fofoquinhas, vaidade,
Trazendo a tona a beleza, que lhe é própria da idade.
Vão aumentando
as mudanças, os penteados, os costumes,
Da casinha, volta o quarto, agora muito mudado.
Ao sótão com as bonecas, fogõezinhos e panelas.
No lugar dos quadros de histórias, agora artistas tatuados.
O auto som que circula, abafa também os folguedos.
Vem entrando a adolescência, que não deixa de ser bela.
As
responsabilidades aumentam, assim com os sonhos também.
E aquela garotinha ressurge aos poucos...
Agora incluindo em seus planos dourados,
Um príncipe que traga em presente, o amor desconhecido.
É a beleza da juventude, o não pensar dos loucos,
Onde a realidade é cega, e o destino incontido.
Com a maturidade
a magia, perde muito do encanto,
As bonequinhas são vivas, e voltam fogões e panelas.
Nem sempre o príncipe alcança... nem de perto a perfeição...
Muitas dores são sentidas, e falta de compreensão.
Mas quem era princesa, agora em rainha toma forma.
E mesmo sem tanto sonhar, em pura beleza se torna.
E chegando ao
crepúsculo inevitável,
De seu reinado constante,
Vê com doçura outras vidas, nesse ciclo imutável.
Agora chega a paciência, o saber de quem viveu.
Sua vez de contar histórias, dos sonhos passar à diante,
Com a certeza que da aurora, a beleza floresceu.
Nany
Schneider
Curitiba - PR -
07/03/2005 - 06:19 hs
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