Ainda não...


É noite, ouça como geme o vento
É intensa a escuridão lá por fora!
Ainda não, espera o despertar da aurora.

Não vê, estou sozinha e triste,
São as lágrimas minha companhia...
Ainda não, é meu coração que insiste.

Fica, quero amanhã poder sentir saudade...
Espera! até que o Sol ilumine o teu caminho.
Ainda não, fica e toma-me a mocidade.

O tempo passa e o vento sacode os arvoredos,
Treme meu corpo e meu coração tem pressa!
Ainda não, fica e toca-me com teus dedos...

Chega-te a mim! não me deixe nesta amargura
Assumo os teus e os meus pecados!
Ainda não, ceda... chega de tanta tortura...

Só por esta noite, ninguém há de saber!
Os anos matam e dizimam tanto e tanto...
Ainda não, amanhã... então, começo a envelhecer...

Naidaterra
Osasco - SP/2010



 

 
Anterior Próxima Poetas Menu Principal