Muitas sementes
em terra fértil lancei,
Vi germinar, crescer, florescer, frutificar.
Outras, em terra árida perdi,
O vento tão longe levou!
Juntando letras
para expressar,
O recado que teimo em passar.
Único recurso do poeta...
Que chora sorrindo,
É como palhaço, consegue gargalhar chorando.
A dor sempre
latente,
Mexe com o emocional fragilizado.
Tento sufocar, dissimular escamotear...
Para quê?
Será que não percebi!
A semente tão
especial,
Não encontrou solo acolhedor.
O sol sem piedade a queimou,
Como resposta ficou a certeza...
Era preciso
sentir a solidão!
Dos versos sem repostas,
Solidão do corpo físico,
E o frio que fustiga, enregela minh'alma...
Nadir A.
D'Onofrio
Santos - SP - 20/12/2004
Fundo Musical: Meu bem querer
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