Ocaso


É justamente no ocaso,
que meu ser é invadido pela nostalgia.
Essa melancolia em ver o dia findar,
e a noite... tenebrosa... sinto aproximar.

Imersa nos meus pensamentos,
não vejo o tempo passar.
Espero sim, você que deverá chegar!
pergunto, será que ele virá?

Ah insensatez!
Fazendo-me viver momentos efêmeros.
Minha órbita, em torno de ti é longa demais,
Ao presságio de uma aproximação,
meu coração perde o compasso,
pulsando... em ritmo acelerado...

Até haver a colisão!
toda magia tem um tempo de duração...
Análogo à um eclipse,
vemos tristemente nosso tempo findar.
Num longo abraço... dizemos em uníssono,
até breve... meu amor...

Idênticos a satélites presos à orbes maiores,
Submetidos à força de repulsão...
Resignados nos afastamos,
sabendo que voltaremos à nos encontrar,
embora sejam breves...
Nossos momentos... para amar.


Nadir A. D'Onofrio
Santos - SP -
18/11/2004



Fundo Musical: As time goes by - Ernesto Cortázar
 

 

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