Iolanda Zonzini D'Onofrio
Mãe
Nadir A D’Onofrio
Homenagem
Póstuma
São tantas lembranças,
Que ficaram na minha memória...
Gargalhadas,
que ecoavam pela casa,
Os carinhos recebidos,
O aroma da torta de
maçã,
O bolo de chocolate com nozes.
E os nós, que eu dei,
No
amarrilho do seu avental,
Chinelos eu escondia,
Só, para vê-la
irritada...
O perfume que você usava,
A fragrância... sinto até
hoje...
Quantas vezes percebo-te,
Aqui, perto de mim!
Ahh! minha mãe,
que falta você faz!
Enérgica, altiva, inteligente, educada,
Sobretudo, uma
mulher bonita!
Minhas mentiras, nunca perdoaste...
Castigos, quantas vezes
me deste,
Eu mereci, fui criança traquina,
Desobediente,
independente,
Voluntariosa, geniosa, teimosa.
Quantos adjetivos... para um
ser em crescimento...
Era natural, que fosse enérgica comigo.
Já se vão,
trinta e dois anos de separação,
Entendo, que você descansou,
Cessaram
suas dores...
Sei, que nesse momento, você aqui está,
E com certeza,
entristecida por me ver chorar.
Mas, não me recrimine minha mãe,
Isso só
acontece, pelo muito que te amei...
Lembra-se que você sempre dizia?
Di...
minha querida filha...
Sofrerá tanto na vida, sendo assim
emotiva!
Infelizmente mãezinha,
Sua
profecia... concretizou-se...
Enxugarei minhas lágrimas,
O que mais quero
nesse momento,
É que chegue até você, meu sentimento,
De
amor... gratidão...
Que os anjos te iluminem,
Minha querida
mãe!
Coloco aqui, sua música preferida
lembra-se?
06/05/2005
Santos /SP
Fundo Musical: Poema