Claustro


O inverno, logo mais termina
Horas que passam vazias
Quiçá levasse a agonia
D’alma, sem expectativas

Estações chegam e vão
Na capela o sino badala
O altar está sem arranjo
Vento, sobre a torre sibila

Não vejo planar meu anjo!
Minha estrela não cintila
Meu eu, na escuridão tateia,
E meu coração em arpejo...

Saudade da minha fantasia
Em noites regadas em folias!
Hoje, no claustro da abadia
Afloram lembranças, libertinas...

Nadir A. D'Onofrio
Serra Negra - SP - 09/09/2012 - 23:30 hs



 

 

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