Ângelus


No cais deserto o poeta chora
Sua musa partiu na madrugada.
Como pode?
Sem nem um adeus!
Enquanto a aurora desponta,
Tingindo lágrimas em tons rosa e carmim,
Na capela os sinos dobram...
Anunciando um novo dia!
No coração não há alegria,
reina soberana a tristeza...
Ah poeta liberte-se!
Saia dessa redoma,
Sua alma clama liberdade...
Ouça ao longe o Ângelus,
É hora da Ave Maria!
Abra seu coração massacrado,
Coloque nas mãos de Deus,
todos os problemas seus...
Na fé encontrará guarida,
Unguento, sedativo,
Tudo, que necessita,
Para cicatrizar sua alma sofrida...

Nadir A. D'Onofrio
Santos - SP - 07/02/2006 - 18:00 hs




Fundo Musical: Clair de Lune
 

 

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