Da abstração do sentir
urge identidade
e que sentimento aflore... sem falsidade
Momento é agora é viver ou ir embora
quando verdade atrai... segue vida afora
Te espero sem pressa
num dia qualquer
voz cadenciada trazendo... som de amor
E fluir possa extensão de mim mulher
nada será perdido iluminas meu interior
Se ganha ou se perde
com a esperança
assim sigo caminhos que a vida traçou
Se no silêncio da presença sou criança
é latente ingenuidade de quem só amou
Contigo acreditei
viver em outro mundo
onde prazer rolava pelo ar... toda hora
Nasciam raízes de um querer profundo
traria na bagagem... ausência e demora
Mistérios da paixão
traziam... alegrias
ocultavam tristezas que distância lidera
Fecho olhos sinto sonhos em melodias
e passado o tempo... só saudade impera
És estória de vida por
amor consumida
foi escrita com ternura... então assumida
Mas imensa... falta de realidade chega
só lembrança d'alma vem... e aconchega
Sou o que o coração
pede quando ama
como romance de cinema rolo na cama
É inútil... sem ti... felicidade é pequena
e no presente... já gravas... poucas cenas
No momento sede das
sensações invade
na busca... do corpo... do beijo... do toque
Sinais de emoção pura... unindo metades
olhos que brilhem e cada anseio enfoque
Sem considerar sonho perdido
continuo sempre a recordar
vem de dentro... deixo voar
e ainda tudo... faz algum sentido
Por um amor... mal
resolvido
ainda busco... entender
o porquê acreditei em ti...
Quem amava era só eu
e no âmago... do sentir
teu amor nunca foi meu
E se teu encanto venceu
burlou instantes do adeus
Mas sem que mais nada
pedir tente
levo meu amor só... e sigo em frente
Em cada alvorecer diferente
inesperado é um presente
e o destino vivência consente
Ainda sonho... e... acredito
um dia ser... feliz realmente
Amor envolvendo... infinito
e corações apaixonadamente
Mônica Ferreira
Camargo
São Bernardo do Campo - SP -
*05/12/2004*
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