Se eu soubesse... do amor a prece
onde mesmo sem ter se agradece
Rogaria dos sonhos... realidade
ou dormência... da sensibilidade

Mas lendário romantismo
é o detentor... de otimismo
Vence com destreza desencantos
perseverante... remodela encantos

Avante coração ainda errante
provém de quimeras... instante
Amor ainda há de vir... tão galante
pouco importa... se perto ou distante

Com prudência vive-se... espera
fluindo em emoções... quimeras
Dominantes sensações imperam
e apenas felicidade... consideram

Bagagem de anseios... devaneios
transporta gama... de sentimentos
Onde carícias desconhecem receios
e embalam ternura... pensamentos

Por amar... avanço... limites
do descaso... recuso convites
Amor que só verdade... admite
de ser considerado... não desiste
Muitas vezes vai na contramão
mas jamais rejeita cada emoção
Tendo origem na cumplicidade
ultrapassando vai... dificuldades

Mas sei sim recuar
e ninguém nunca... duvide
Se na arte de amar
o desejo... não coincide
Desfaço laços com classe
e ao hoje... deixo que passe
sem ter no amanhã repasse

Quem sabe de mim... sou eu
assim como sabores... do adeus
Mas vale sempre o que se viveu
amar muito mais... se aprendeu
e mesmo em amor que se rompeu
se com verdades... paixão teceu
de nada nunca... se arrependeu

Mônica Ferreira Camargo
São Bernardo do Campo - SP - *04/12/2004*



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