Beijaste-me o rosto,
acenaste como se fosse voltar.
Era de costume aquele carinho
quando saías para trabalhar.
E eu tão ingênua fui!
Não percebi tua partida,
não percebi que não tinha volta,
que aquele aceno era uma despedida.
Esperei horas,
esperei dias, noites.
Dias vazios, noites de solidão.
Dor rasgando-me a alma.
Lágrimas de saudade
atormentando o coração.
Esperei anos, esperei em vão!
Marilda Conceição
Rio de Janeiro - RJ - 14/07/2005 - 22:45 hs
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