Ainda que me travem as mãos


Mesmo que me travem as mãos,
mesmo que me tirem o papel e a caneta,
mesmo que me calem a voz,
ainda assim,
declamarei em grito mudo minhas poesias;
porque, do meu coração,
não podem arrancar os sentimentos.
Nem em minha alma
poderão matar a sensibilidade,
que me faz poeta.

Marilda Conceição
Rio de Janeiro - RJ


 
 
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