HELENINHA, A CIGANA

Maria Tomasia

 

 

 

Numa tarde primaveril,

como há muito não se via,

acamparam nas cercanias,

ciganos cheios de alegria.

A natureza perfumada trazia

uma aragem cheia de magia,

e um brilho festivo e fulgurante

como uma poesia fascinante.

O som das guitarras ressoava,

enquanto o fogo crepitava.

Tudo era encantamento

dentro do assentamento.

Uma ciganinha apareceu

e o povo a reconheceu.

A sua saia rodada,

até os joelhos era levantada

e pelos homens muito cobiçada,

Mas, não queria ser amada...

Chamava-se Heleninha,

tinha porte de rainha,

dançava na ponta dos pés,

aos gritos de vários olés.

Nos lábios um lindo sorriso,

cantava de improviso.

Difícil é descrever tanta beleza

- dádiva pura da natureza

numa mulher-menina faceira,

linda de qualquer maneira.

 

RJ 18/12/10



 
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