DILUO-ME Maria Tomasia
Diluo-me no tempo,
porque nada sou.
Basta um sopro forte do vento
para que pedaços de mim se esvaiam.
A fumaça que sai do toco da vela,
aos poucos, leva o que um dia fui,
diluindo-me tal qual pedra de gelo.
Sonhos já não possuo,
ilusões ficaram para trás.
Não sou ninguém, nem fracassos tenho.
Esperanças já não existem.
Nada mais desejo da vida,
porque aqui não encontro guarida.
Quem sabe se já fui alguém?
Acho que, por todo o tempo,
nada fui e sequer vivi
- e agora, vejo meu fim.
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RJ 27/08/11
Fundo Musical: Jealousy
(Tango italiano) - Adriano Celentano
Recanto das Letras Código do texto: T3186252
imagem - net
plano de fundo recebido de outro grupo
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