O Ébrio
 
Recebi em 11/09/2023
 

Se desejar ouvir o Fundo Musical após a Leitura da Poesia,
no final tem um Link para Abrir a Música que é Cantada.

 
Aproveito esta homenagem que a querida amiga Yara Nazaré prestou
a seus amigos, e endossando suas palavras, aproveito para prestar
minha homenagem a um dos ícones de nosso cancioneiro,
o inesquecível Vicente Celestino, com meu poema que fala
justamente de um amor perdido...
 

Amigas (os)
Nesta mensagem faço uma homenagem, ao Sr. Otacílio e sua esposa Teca, casal de amigos maravilhosos de Recife/PE e que sempre me enviam músicas inesquecíveis dos grandes cantores brasileiros e estendo esta homenagem também, ao grupo
"Doce Mistério", "A Paixão da Net",
"O grupo mais alegre e gostoso da Net" do qual recebo também, músicas maravilhosas! 
(E pensar que quando éramos crianças, minha mãe nos embalava cantando esta música e outras do mesmo cantor. Risos). Vejam a poesia, o romance e o desabafo na letra!

Abraços.
Yara Nazaré



BALADA DO AMOR PERDIDO
 Marcial Salaverry
 
Um amor perdido fere o coração,
 quando faz findar  uma ilusão...
 Chega a abrir uma ferida,
 quando a esperança é perdida,
 e quando se está apaixonado...
 O coração fica magoado...
 Tudo parecia perfeito,
 e agora, não adianta, não tem jeito...
Imaginava-se um porvir risonho,
 foi tudo um sonho,
 e o coração parece não  mais aguentar,
 quando se deixa de amar...
 Sempre se chama aquele nome,
 se do amor se sente fome...
 Fica aquela frustração,
 amargurando o coração...
 A tristeza do amor perdido,
 sempre deixa alguém magoado, ferido...
 Sempre fica uma triste e doce ilusão,
 uma réstia de esperança no coração...
 Um amor que se pensava grande demais,
 e que não desapareceria jamais...
 Perdeu-se do amor a beleza,
 ficando o coração mergulhado na tristeza...
No auge da tristeza, entrega-se à bebida,
para afogar a alegria perdida...

Marcial Salaverry
Poema inspirado na música O ÉBRIO, de Vicente Celestino




"O Ébrio"
(Cantor: Vicente Celestino
)


Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou

Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou

Só nas tabernas é que encontro meu abrigo
cada colega de infortúnio é um grande amigo

Que embora tenham como eu seus sofrimentos
Me aconselham e aliviam os meus tormentos

Já fui feliz e recebido com nobreza até
Nadava em ouro e tinha alcova de cetim

E a cada passo um grande amigo que depunha fé
E nos parentes... confiava, sim!

E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então
O falso lar que amava e que a chorar deixei

Cada parente, cada amigo, era um ladrão
Me abandonaram e roubaram o que amei

Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar
Quando eu morrer, à minha campa nenhuma inscrição

Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar
Este ébrio triste e este triste coração

Quero somente que na campa em que eu repousar
Os ébrios loucos como eu venham depositar
Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo
E suas lágrimas de dor ao peito amigo

 

Clique no nome da Música para Escutar
O Ébrio - Vicente Celestino
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