Cárcere desfeito


Que alegre ainda
Possa escrever
Das paixões
Que não tive
Dos amores
Que viverei
Da vida lírica
Que tracejei...

Que prazeres tantos
Posssam ser meus
Donzela difamada
E maldita afrodisíaca
Embalada formosa
Num cetim vermelho
Banhado de baunilha
Com doses de cântaros...

Que fábula vivida
Seja expelida
Fragmentos
Rendidos
Inadiáveis
Acidentalmente
Fiapos de rios
Processo de evaporação...

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
São Paulo - SP - 27/11/2007 - 16:14 hs


 
 
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