Busco um tantos versos Uma ampla estátua da Vida Há um poço onde não se cai De lá cavo todo meu pensar A densidade que cá perpetua Num sacolejo das palavras Nada fere em silentes sinais Que não se busca o abismo De outrora, são tantos sonhos Na criança que se faz adulto Liberta e faceira nos lagos Abraçado a um longo cansaço Orvalhado todo esse jardim Espantoso véu dum alecrim Dessa janela sempre aberta Acenam asas dum querubim. Luiza De Marillac Bessa Luna Michel |