Qiuadras do Poeta Jorge Humberto - Portugal

Poeta Jorge Humberto - Portugal

 O Poeta Jorge Humberto começou
a participar no Site em 01/02/2023 

 

Biografia do Poeta

10 Quadras publicadas até o momento




Publicada em 2023 ----> 1 Quadra


 


*Por decisão do autor, os textos estão escritos de acordo com a antiga ortografia.

Recebi em 27/02/2023

Primeira Quadra:
Quadras ao gosto Popular I

A minha linda casinha
é minha de mais ninguém
quem vier por bem
pode vir, se for boa vizinha

que quem lá vive à tardinha
gosta muito e gosta bem
de sua namorada: ou a namoradinha
como não há outra alguém

Não tem a minha casinha
riquezas materiais por aí além
mas tem à fria noitinha
cobertas, como outras não têm

Água fresca, fresquinha
na torneira haja quem
tenha outra igual como à minha
que eu bem pago: bom vintém

Aqui versei a melhor letrinha
escrevi sem desdém
poemas como à minha
Musa, que então encantei.

A lápis ou usando canetinha
poemas de amor a quem
minha alma retinha
Na folha alva ficou – mais além;

Por isso não a deixo sozinha
continuar a ver o Tejo como a ela é meu bem,
assim o humilde poetinha
que nunca fez mal a ninguém.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal 17//07/2020




 




Publicadas em 2024 ----> 5 Quadras


 


Recebi em 28/12/2023

Segunda Quadra:
A minha vida

A minha vida não importa,
Fui e esqueci.
Agora sou só a porta,
Com que então me redimi.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 23/09/2023

Recebi em 30/01/2024

Terceira Quadra:
Aqui me apraz

Aqui me apraz - Euclides Cavaco I

Aqui me apraz responder
E com gratidão o faço
Enviando com prazer
O mais salutar abraço.

Orgulha-me - Jorge Humberto II

Orgulha-me fazer parte
desse teu reinado
que cumpre e é atestado
com tudo o que reparte

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 05/12/2023

Recebi em 30/01/2024

Quarta Quadra:
Olá Jorge

Olá Jorge - Euclides Cavaco I

Olá Jorge meu amigo
Respondo com alegria
Estarei sempre contigo
Nas andanças da poesia

Olá Cavaco - Jorge Humberto II

Olá Cavaco bom amigo
Respondo sem enfasia
Sempre que estou contigo
Não há cá burguesia

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 08/12/2023

Recebi em 30/01/2024

Quinta Quadra:
Sincero Agradecimento

Euclides Cavaco I

Sincero agradecimento
E uma noite abençoada
Deste singular momento
Que é noite da CONSOADA.


Jorge Humberto II

Como todo o agradecimento
É sincero e bem intencionado
Que este seja grande momento
Junto da família - agraciado.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portuga - 25/12/2023

Recebi em 17/06/2024

Sexta Quadra:
Quadras De Noivar

Quanto mais longe mais perto do coração,
diz o ditado e di-lo com razão.
Se a lonjura traz saudade,
lembrar não é menos verdade.

Como quando não cala a voz,
porque a noite se lembrou de nós.
E é então que tudo é alegria,
morre a noite e nasce o dia.

Morre a noite nasce o dia e o sol a porfiar;
vem lá detrás, detrás do mar,
com os namorados pela mão:
pobres, mas sabidos cheiinhos de razão.

E mais um dia se passou,
lembrando um outro que não se negou.
Cantam as alminhas a rezar
p’ra que o casamento, ali tenha lugar.

E há já quem queira pôr sinos a rebate,
ou então um relógio: tique-taque, tique-taque.
Toda a gente é um mundo
passam os dias num segundo.

E os namorados, enamorados,
um tanto ainda desconfiados,
percebem, que as gentes têm razão,
porque os entendem - e à sua paixão.

Não querendo a ninguém -nem a eles- magoar,
eis chegada a hora, eis a hora de casar.
E chamando o padre, lá da aldeia,
escutam com certa graça, esta bonita ideia:

“se são pobres e sem dinheiro,
haja quem compre, amor assim por inteiro…”
Vão flores de mão em mão, sorrisos doirados,
para verem os noivinhos, finalmente casados.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portuga - 17/06/2024


 




Publicadas em 2025 ----> 4 Quadras Quadras


 


Recebi em 03/02/2025

Sétima Quadra:
“Gentes”

Na calma aparente
de mais um dia
gente como à gente
sarcasmo e ironia

curva descendente
profunda agonia
caminha descrente
na noite vazia.

‘Mas se a vida é intransigente
a “gente” porfia
planta a semente
poderá ser alegria’.

Gente como à gente
da “gente” arredia
não se mostra indulgente
quem caminha outra via.

Que feliz e contente
cada qual sua mania
deve andar toda a gente
noite e dia, noite e dia!

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 31//12/2024

Recebi em 03/02/2025

Oitava Quadra:
Em benefício da dúvida

Esforço-me, para não adormecer,
cedem as pestanas ao obscurantismo.
E, às tantas, sinto-me a ceder,
à vontade leviana do secretismo.

É como se me sentisse a enlouquecer,
num tal cómico dramatismo,
que me levasse a esquecer,
toda a minha onda de civismo.

Aquieta-se o café, cigarros a perder:
toda a força inicial do tabagismo.
Horas depois, depois do entorpecer,
volto a mim, em caos e terrorismo.

Hospitais e médicos, querem lá saber -
não é isto uma forma de panteísmo?
Se vou ou não vou mais sofrer,
contra toda esta gente e eufemismo,

é um livro que lêem quando lhes dá prazer,
todo ele atípico, e cheio de pessimismo?
Que posso então eu aqui fazer,
se isto não passa de voyeurismo?

Deixar-me ficar, de vez adoecer,
num absoluto desperdício de consumismo,
engordando, vendo-me desvanecer,
ou bramindo minha espada, dar-me benefício?

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 29//09/2024

Recebi em 03/02/2025

Nova Quadra:
Logo vemos!

Só de imaginar
uma flor à janela
me ponho a sonhar
sonhando com ela.

Pode haver muitas -
fértil imaginação.
Só algumas fortuitas
apelam ao coração.

Flor de saia a rodar
no jardim ostenta
folhas, a derramar
olores que fomenta.

Uma criança brinca
uma outra observa
o mundo que trinca
numa maçã que à boca leva.

Não sei aonde
tinha esta poesia
ou quem responde
nesta hora tardia…

mas, a dada altura,
a mim já devia
alguma fartura
que a alma escondia.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 25/02/2025

Recebi em 03/02/2025

Décima Quadra:
Lua Luana

Não sei que me deu
estava eu à janela
e o olhar se perdeu
estava eu a pensar nela.

Já tinha reparado
meu ser abstraído
numa pessoa em separado
com um ar bem divertido.

Em silêncio a buscava
mas não me atrevia
em dar-lhe uma palavra
seu nome, qual seria?

Nome de uma flor
quem sabe de uma estrela.
Mas seja ele qual for
sua graça hei de sabê-la.

Passaram-se os dias
gritava o meu coração.
Se me visses, que dirias
ao estender-te a minha mão?

Sou pessoa doce como o mel
e se alguém por mim chama:
Alexandre Daniel,
tu serás, a minha Luana!

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 04/03/2025