No extenso oceano que nos separa de entre os continentes mais distantes existem dois países a quem repara de povos irmãos muito significantes.
Portugueses e brasileiros, a cada um uma só e mesma linguagem: sabemo-la ambos de cor: haja algum que pra mim todos somos feitos à mesma imagem!
Cousas doutros tempos do antigamente houvesse que d’entre dois um prestasse vassalagem… é fazer de nós parvos um e a mesma gente, que de há muito já nos fartamos dessa bobagem.
De Portugal ao Brasil do Brasil a Portugal é com gosto que partilhamos costumes e monumentos. Dos antepassados o sobrenome no bornal parecenças e doutos documentos.
E é entrar assim com o olhar cheio de esplendor que uns e outros se passeiam nas férias: ora subindo ao Cristo Rei ora o Cristo Redentor visitando. As pessoas essas são condignamente sérias.
Não esqueço jamais o dia em que pra lá fui: (Brasil)… em busca de um amor que nasceu aqui: (Portugal)… e é tão certo isto como a palavra pai[xão] leva Til… no [ão] do coração, um amor quase surreal.
Dessa entrega a dois nasceu um pródigo poema, intitulado: DOIS POVOS UMA SÓ RAZÃO: fazer que de entre eles um abraço seja um fonema um beijo suspenso por sobre o mar, uma canção.
Findo este é com alegria que o lanço ao Universo, sem grandes delongas, mas demoradas simpatias. Porque só no nervo de cada verso versa a versejar a mais simples das poesias.
Jorge Humberto Santa-Iria-da-Azóia -
Portugal
- 24/05/2024

Obs. Esta Poesia foi e é tema da Ciranda Dois Povos Uma Só
Razão
*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.
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