Lindo é o nosso Mundo, em toda a sua beleza, que tem na diferença, O auge do Homem, que pelas suas dissemelhanças, a todos enriquece.
Mas a sede de poder, me entristece, quando se humilha a dignidade e o carácter de cada um, para alcançar vãs riquezas, que se vão com a areia.
E aquele que é deveras pobre, calcorreia o pó das estradas, que não levam a lugar algum, onde recebido fosse, De braços abertos, pelo seu semelhante.
Há uma desconfiança, de todo agravante, Entre os povos, de outras nações, que se regem por deuses e semi-deuses, que lhes tolhe a vista, assim deturpada.
Mas o que resta de brio, o tudo e o nada, implica, do amor, a sua fome, e aos poucos o Homem se distancia, da vil soberba, que o traz em solidão.
Da natureza dos homens, só uma comunhão total, reverencia o ser humano, e uma entrega é aqui demais precisa, para que se ultrapassem as incoerências.
Falhos somos, cometendo demências, Que o pensamento não concebe nem compreende, quando fazemos mau uso, de tudo o que nos foi ensinado.
Porém o povo, até agora, mais informado, e certo de suas falhas, tornou-se altruísta, no cuidado a ter com os demais, seu próprio reflexo, que não descura.
E condescendente, pela emoção e ternura, faz com que o mundo pule e avance, com os valores morais assegurados, nas mãos de uma criança, à nossa semelhança.
Jorge Humberto Santa-Iria-da-Azóia -
Portugal
- 14/09/2011

*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.
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