Lindo é o nosso Mundo, em toda a sua
beleza, que tem na diferença,
O auge do Homem, que pelas suas
dissemelhanças, a todos enriquece.
Mas a sede de poder, me entristece,
quando se humilha a dignidade
e o carácter de cada um, para alcançar
vãs riquezas, que se vão com a areia.
E aquele que é deveras pobre, calcorreia
o pó das estradas, que não levam a
lugar algum, onde recebido fosse,
De braços abertos, pelo seu semelhante.
Há uma desconfiança, de todo agravante,
Entre os povos, de outras nações,
que se regem por deuses e semi-deuses,
que lhes tolhe a vista, assim deturpada.
Mas o que resta de brio, o tudo e o nada,
implica, do amor, a sua fome,
e aos poucos o Homem se distancia,
da vil soberba, que o traz em solidão.
Da natureza dos homens, só uma comunhão
total, reverencia o ser humano,
e uma entrega é aqui demais precisa,
para que se ultrapassem as incoerências.
Falhos somos, cometendo demências,
Que o pensamento não concebe
nem compreende, quando fazemos mau
uso, de tudo o que nos foi ensinado.
Porém o povo, até agora, mais informado,
e certo de suas falhas, tornou-se
altruísta, no cuidado a ter com os demais,
seu próprio reflexo, que não descura.
E condescendente, pela emoção e ternura,
faz com que o mundo pule e avance,
com os valores morais assegurados,
nas mãos de uma criança, à nossa semelhança.
Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal
- 14/09/2011
*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.